Utopia dos Besouros
Estavam três besouros funcionários do rei na sala principal. O rei besouro havia ido dormir, e os funcionários ficaram sem serviço para fazer.
O besouro 1 inquieto disse:
– Seria bom se não tivesse rei. Ele apenas consome nosso tempo e dinheiro para não fazer nada.
O besouro 2 respondeu:
– Realmente, ele nos trata muito mal.
– Mas será que estamos preparados? – perguntou o besouro 3 – além disso matar é crime.
– Sim, podemos viver sem rei – disse o besouro 2 – podemos dar um fim nele de forma rápida.
– quebrando a matriz dele – explicou o besouro 1 – ninguém desconfiaria que foi algum de nós.
Besouro 3 não concordava com aquilo, mas teve uma ideia:
– Tudo bem, vamos então.
Seguiram os três besouros para a sala das matrizes. Durante o caminho passaram por uma sala com padrões coloridos e estranhos e por um corredor com altos e baixos que variavam de um besouro para o outro.
Por fim chegaram na sala das matrizes. Todos os funcionários besouros de todos os tipos estavam lá, mas nenhum interessava o besouro 1 e o 2. O foco era a matriz do rei.
O besouro 1 e o 2 foram para o meio, onde imaginavam encontrar a matriz do rei. Enquanto isso o besouro 3 seguiu andando pelas bordas, procurando por outra coisa.
– Achei! – gritou o besouro 1 animadamente – aqui está a matriz do rei.
– Agora é só quebrar – continuou o besouro 2.
O 1 e o 2 pegaram cada um em uma ponta da matriz hexagonal e pressionaram até partir ao meio.
– Não temos mais um rei – comemorou o besouro 2 – finalmente estamos livres.
Em meio a alegria repentinamente o besouro 1 começou a sumir.
– O que está acontecendo? – perguntou o besouro 2 – por que o 1 sumiu?
O besouro 3 não disse nada, e logo em seguida o besouro 2 começou a desaparecer.
– Eu disse que não estavam preparados para viver sem um rei – disse o besouro 3 para ninguém.
O 3 então saiu da sala das matrizes, seguiu pelo corredor que agora era formado apenas por altos e atravessou a sala que agora era acinzentada.
Chegando na sala principal ele se sentou no trono e colocou a coroa, se tornando o novo rei – por tempo indeterminado.