Os Montes das Águas
Tá bem eu vou! Vou sim homem! Mas não me dá jeito nenhum, pois tenho muita roupa para lavar...Muito irado ele coninua:😈
😷-Roupa! Sempre a roupa! Mas será que é preciso lavar tanta roupa? Não faz mal andar, com a mesma roupa vários dias!
-Tás sempre com essa ideia todas as vezes...! Não sabes que a roupa cheira mal! E é uma vergonha cheirar mal ao pé das pessoas!
-Isso são vaidades! Sem meias medidas, a senhora respondeu:
-vê-se mesmo que és um porco homem! Onde vais tu acabar!
-Mulher não me chames nomes! Olha que perco a paciência!
-Perdes a paciência! Nunca tiveste nenhuma. Nem comigo, nem com os teus filhos! Bem! Eu vou regar. Depois de soltar a água de uma poça onde se juntava a água, que vinha da nascente, foi regar começando, pelo milho. O cereal, estava já grande e bastante murcho. Anibal, foi da parte da tarde à Vila, com a desculpa que ia cortar o cabelo. Aproveitou o dia para fazer algumas compras e também para beber alguns copos, com os chamados amigos. Pegou o seu cavalo, e montado nele foi, como quando se deslocava a qualquer lugar. Era um símbolo de vaidade em Monchique os lavradores, sairem, montados no seu cavalo. Subindo a serra acima, até pegar uma estrada de terra, encontrou pessoas que vinham de Monchique. Era um prazer cumprimentar o senhor Aníbal, que se derretia, com ares de simpático, diante dos que ia encontrando. Mas encontou o seu rapaz de 16 anos, que vinha da casa de um amigo da mesma idade. Este amigo tinha caido de um cavalo. E agora estava todo, dorido:
-Olá Pai! Disse o Bernardo, que assim, se chamava.
Vens ai!?
-Pois venho! Olha vai para casa e vai apanhar erva para as vacas, porque eu chego tarde! Humildemente o rapaz respondeu:
-Sim, eu vou!