Os Transeuntes

No pico do enxame

Abelhas!

Envolvidas no ataque indeclinável

Decididas ao aniquilamento do alvo

Trazem para fora toda a certeza do acerto

Ferroando a presa até inoculá-la.

Engendrando o veneno

Dominando a avezinha ao solo, que até há pouco

Era ameaça

Tirando-lhe a vida,

Nisto, um Urso, encontrando a colmeia vazia

Ataca-a, levando ela consigo destroçada

Enquanto saia em fuga, via-se o animal devorando parte dos favos Recheados de mel, escorrendo por entre as presas

E saber que a avezinha que morreu, era um pobre passarinho

Que passeava

Deu a lambiscar a maça da árvore

Cujo um dos galhos, as abelhas havia construído a colmeia

Onde estavam a trabalhar

Na produção do mel

A avezinha

Morreu como paga da sua ignorância

E as abelhas, o fracasso do trabalho

Disso se extrai

A alquimia do bem

No mal

Entre seres inofensivos

A paz reina

Até que...

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 20/01/2023
Reeditado em 20/01/2023
Código do texto: T7700218
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