A Arte, e o Novo Tempo 15
A arte, e o novo tempo15
Estava assessorado pela equipe da hierarquia angelical presente? O protagonista manteria diálogo com os integrantes da mesa redonda?
Os representantes da hierarquia angelical que gesta o mundo, conversavam sem demonstrarem serem afetados pelo movimento e diálogo que haviam ocorridos entre o artista e o ancestral.
Contudo, realizando o natural do humano no exercício do livre arbítrio, o protagonista entrou olhando para traz. Procurava o indiano, queria continuar a conversa, mesmo que foi dele a iniciativa de levar à consciência do interventor de que aquela era a hora dele.
O Imanifesto age no inesperado quando realiza no homem.
Não foi diferente no artista, que naquele ato, praticava a arte no improviso.
Não ficou muito tempo olhando em direção a entrada no palco pelos artistas.
Adiantou alguns passos. Sentou no chão como criança que agacha para brincadeiras.
Sabia que a plateia sabia. Tinha presenciado o diálogo do indiano com ele.
O que seria o artista sem o público. Destinatário final e a causa primeira que o impulsiona na produção artística.
O incógnita da fazedura divina por meio da hierarquia angelical se estabeleceu no cenário.
Era evidente e inconteste o protocolo cumprido pelos membros da mesa redonda, o uso da mantença do sigilo Divino na peça. O lado imexível dos pares, alheios ao desenrolar da fala dos artistas, de corpos presente-ausente.
Representantes dos Querubins, dos Tronos, das Dominações, das Potências, das Virtudes, dos Principados, dos Arcanjos e dos Anjos. Os céus estavam representados.
Seja pelo representante do governo do primeiro céu, do paraíso, ou pelos representantes daqueles que estariam sentados ao lado direito e esquerdo de Deus na atuação Dele no holograma do Universo, o que o Planeta Terra pertence.
A elite gestora integrantes do topo da hierarquia, os representantes dos Tronos.
Sabiam, conheciam, eram os imediatos das entidades angelicais que estavam incumbidas em manter a segurança do poder divino, manter, dentre outras atribuições, os coros, as músicas celestiais de natureza curativa, e distribuí-las para os anjos das instâncias inferiores.
Nenhum destes intervieram como terceiros na qualidade de assistente, a não ser o representante dos anjos da virtude, o que conhecia Hahahel, Mikael, Veuliah, Yelaiah, Sealiah, Ariel, Asaliah e Mihael. Os que protegem grupos de pessoas com a característica dos homens e das mulheres como os dos mundos da arte e da ciência, por serem muito críticos e introspectivos, que têm a necessidade de avaliar tudo o que vão fazer mentalmente.
Os artistas, apesar de desaguarem no manancial da imaginação criativa, floresce nela no momento em que esgota a reflexão, dissociando os pensamentos do que é linear e lógico, campo exclusivo da imaterialidade que existe no campo intuitivo da mente.
O protagonista tinha percorrido na narrativa naquilo que efervescia no seu emocional, e no inconsciente coletivo da humanidade, a lógica derrotista que dominava o mundo.
O mal e o mau como substâncias, essências, bases da famigerada derrota da civilização na busca do melhor, do bom, do bem, da paz, da ascensão evolutiva pelo caminho do amor.
O ápice do mal, corruptibilidade humana, que estava como a um recente tsunami, qualificadora negativa que apossou a psique humana, a mover um número cada vez maior de humanos para o descaminho, a injustiça, a violência, ao retrocesso da liberdade e da fraternidade.
E o mau como doença, que atuava na ampliação dos canais ruins para a produção do caos, intoxicando a natureza humana e a mãe terra desde séculos, que ganhou a plenitude com o extravasar da pandemia que acometeu o mundo.
O artista representava a mente do homem contemporâneo neste contexto.
O representante dos anjos da virtude levantou-se da mesa, aproximando do protagonista, ficando logo atrás do artista, sentado ao chão, no seu lado esquerdo.
O mesmo procedeu com o anjo da guarda do artista, o único que estava em corpo presente, e que não conversava a mesa. Seu rosto era de aspecto introspectivo, como que envolvido no trajeto percorrido pelo protagonista no enredo.
Numa postura majestosa, levantou-se da cadeira onde estava a mesa, aproximou-se do artista, ficando ao seu lado direito, logo atrás, como o representante dos anjos das virtudes.