NO SILÊNCIO
No silêncio do quase final da madrugada, algo vem lhe acordar, o que interrompia seu sono? pareceu sentir algo; sentou-se a beira da cama; suor frio passava por seu corpo, decidiu tomar água e respirar um pouco, o quarto parecia lhe sufocar.
_ Que sonho mais louco!(pensou tentando acalmar-se).
Pôs-se a vê algo na TV sem grande interesse, era perturbadora a sensação que ainda sentia, estava inquieto e ouvia os cães a ladrar, foi espiar por entre as cortinas de linho azul (combinadas com detalhes da sala que davam um ar de casa moderna e cheia de bom gosto).
Foi quando sua atenção foi voltada para uma jovem que passou em acelerados passos amedrontados, e logo atrás dela dois homens a seguiam, em seu íntimo sentiu que algo poderia ocorrer...
No ímpeto de coragem John sai com um taco nas mãos, gritou a chamar atenção dos homens ou apenas o que pareciam ser, a moça virou-se e o viu, ele podia sentir sua tensão, e em desequilíbrio ela caiu, os homens dela riram e partiram na sua direção, levitavam, como assim?, eram espíritos?, sombras das trevas?
Ele não pode acreditar; correu e percebeu que aqueles do nosso mundo não faziam parte, surreal e aterrorizante; eram como sombras a qual somente ele os via , ela apenas os ouvia, eles em seu torno gritavam coisas horríveis, ela sentia seu corpo tremer como de um intenso frio congelante, achava estar ficando louca!
John não acreditava em assombrações , mas o que via era muito real, o semblante daqueles que levitavam transformados e carregados de maldade, soube que sua única arma era apenas uma, enfrentar sem medo.
Na direção da moça ele foi, a levantou e fortemente á abraçou, ela nada entendia, apenas deixou-se levar, estava frágil e apavorada o calor do abraço era o melhor lugar do mundo, ele colocou-se em oração cheia de carinho, o sol logo surgiu com sua luz mais que bela, as sombras que ainda gritavam barbaridades perceberam a luz que sobressaia naquele abraço, e para longe se afastaram, prometendo voltar...
A manhã de outono surgi bela, com seus passarinhos a cantarolar o novo dia, ele ainda á sentia tremer e soluçar, em palavras curtas disse:
_ acalma-te, pois tudo vai ficar bem, sou John! - ela respondeu ainda em seu abraço.
_ obrigada John! sou Mary.
_Mary, lindo nome, aceita um café?- ela riu contida em seu abraço, permaneceram assim em silêncio envolvidos pela energia que os acalmava a alma.