O SÁBIO GUERREIRO
Há muitos anos, em uma tribo indígena do interior do Brasil, nasceu Ubiratan, um menino diferenciado por sua coragem, astúcia, mas, principalmente, por sua rara inteligência. Tinha uma vontade grande de aprender, além de absorver informações com muita facilidade. Por isso, os mais velhos lhe diziam que ele era a personificação de Sumé, o deus do conhecimento.
O menino virou homem, e, com o passar dos anos, foi se afeiçoando com a “arte” da guerra. Adorava fazer arcos, flechas e outros equipamentos de batalha; porém, o combate não lhe agradava muito. (Embora, sua habilidade fosse notável.)
Ele e a tribo viviam de forma pacata, em suas terras, até haver a invasão de uma tribo rival. Ubiratan teria que lutar.
Ele foi com seus companheiros, embora não gostasse de guerra. Coragem nunca lhe faltou.
Partiu para luta e, graças a seu talento, derrubou vários inimigos. A batalha era sangrenta, corpos se amontoavam sem vida pelo chão. Já era noite, e a tribo adversária estava quase rendida, quando uma flecha transpassou o peito de Ubiratan.
Quando os companheiros vieram socorrê-lo, o sábio guerreiro já estava morto. Uma luz fortíssima ergueu-se sob seu corpo, fazendo, os poucos inimigos que ainda restavam, bater em retirada.
Após toda a confusão, a tribo se deu conta que Ubiratan não estava mais lá, seu cadáver havia desaparecido, e jamais foi encontrado.
Para muitos, Ubiratan foi morar ao lado de Sumé, devido à sua extraordinária inteligência. O fato é que, depois da morte de Ubiratan, o povoado nunca mais foi atacado, o que leva bastante gente a crer em sua proteção.