A MENINA QUE DESAPRENDEU A SORRIR...
Sara estava com sete aninhos quando seus pais faleceram. Até então era uma criança feliz, alegre, dócil e graciosa. Tez clara, cabelos pretos lisos e olhos esverdeados davam-lhe uma beleza singular. Da noite para o dia, sua vida mudou por completo. Sem os pais e não tendo mais avós vivos, o Conselho Tutelar a entregou ao único irmão de seu pai o qual era casado e tinha dois filhos. Sua esposa a recebeu com frieza e indiferença. Da escola particular à pública. Seu dia a dia começava com o cantar dos galos e acabava após limpar a cozinha.
Todos os dias, rezava para seus pais e pedia que lhes dessem uma família que a amasse como eles a amaram. Sentia muita saudade deles.
Naquela manhã, seus primos não foram à escola. Enquanto andava pela estrada, percebeu que o céu estava azul e que não havia nenhuma nuvem. Os pássaros cantavam e o campo estava florido. Há quanto tempo não brincava e curtia a natureza! Por alguns minutos, distraiu-se e caiu numa poça d’água. Assustada, voltou para casa.
Ao vê-la, sua tia não poupou palavras ofensivas e desprezíveis para xingá-la. Sara correu para seu quarto, pegou uma roupa limpa e foi se trocar. Triste, retomou a caminhada, chegando bastante atrasada ao colégio.
Na sala de aula, esquecia suas dores e saudades. Adorava ouvir as histórias que a professora lia para a turma. Imaginava-se uma princesa morando num castelo, cercada de muito amor, bichos e flores.
Certo dia, ao chegar a casa, seu tio a esperava na porta. Tão logo ela entrou, disse-lhe que não dava para continuar morando ali; a casa era pequena e as despesas haviam aumentado muito. Naquela noite, custou a adormecer.
Mal o dia amanhecera, um carro parou na frente da casa e um casal a chamou. Receosa, observou-o de longe.
A moça, assim que a viu, correu ao seu encontro e a abraçou com muito afeto. Como era bom sentir-se querida e amada!
Durante os seis meses, que passara com seus tios, a menina desaprendera a sorrir. Sara, com o coraçãozinho tomado de esperança e fé agradeceu aos futuros pais por estarem lhe abrindo as portas de um novo mundo.
Imagem - Créditos: Cassius José Winck Medina (Ilustrador)
Sara estava com sete aninhos quando seus pais faleceram. Até então era uma criança feliz, alegre, dócil e graciosa. Tez clara, cabelos pretos lisos e olhos esverdeados davam-lhe uma beleza singular. Da noite para o dia, sua vida mudou por completo. Sem os pais e não tendo mais avós vivos, o Conselho Tutelar a entregou ao único irmão de seu pai o qual era casado e tinha dois filhos. Sua esposa a recebeu com frieza e indiferença. Da escola particular à pública. Seu dia a dia começava com o cantar dos galos e acabava após limpar a cozinha.
Todos os dias, rezava para seus pais e pedia que lhes dessem uma família que a amasse como eles a amaram. Sentia muita saudade deles.
Naquela manhã, seus primos não foram à escola. Enquanto andava pela estrada, percebeu que o céu estava azul e que não havia nenhuma nuvem. Os pássaros cantavam e o campo estava florido. Há quanto tempo não brincava e curtia a natureza! Por alguns minutos, distraiu-se e caiu numa poça d’água. Assustada, voltou para casa.
Ao vê-la, sua tia não poupou palavras ofensivas e desprezíveis para xingá-la. Sara correu para seu quarto, pegou uma roupa limpa e foi se trocar. Triste, retomou a caminhada, chegando bastante atrasada ao colégio.
Na sala de aula, esquecia suas dores e saudades. Adorava ouvir as histórias que a professora lia para a turma. Imaginava-se uma princesa morando num castelo, cercada de muito amor, bichos e flores.
Certo dia, ao chegar a casa, seu tio a esperava na porta. Tão logo ela entrou, disse-lhe que não dava para continuar morando ali; a casa era pequena e as despesas haviam aumentado muito. Naquela noite, custou a adormecer.
Mal o dia amanhecera, um carro parou na frente da casa e um casal a chamou. Receosa, observou-o de longe.
A moça, assim que a viu, correu ao seu encontro e a abraçou com muito afeto. Como era bom sentir-se querida e amada!
Durante os seis meses, que passara com seus tios, a menina desaprendera a sorrir. Sara, com o coraçãozinho tomado de esperança e fé agradeceu aos futuros pais por estarem lhe abrindo as portas de um novo mundo.
Imagem - Créditos: Cassius José Winck Medina (Ilustrador)