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O medo é seu sobrenome


Nesse tempo não me lembro de muita coisa
Apenas imagens iam se acumulando em cores.
Não pensava nada durante o dia, e a noite
Os sonhos reproduziram sentidos que estavam
Sendo preparados , este no medo.
Minha mãe sentada naquela máquina e eu observava
As linhas coloridas que caiam no chão.

A noite sonhava com um triângulo feito de linhas
coloridas
Chegando em mim, gritava  e minha mãe com o chinelo
matou aquilo
Ou simplesmente bateu para me proteger.
Acordei assustada minha mãe não estava perto,
corri para a sala onde ela costurou,
Debaixo do chinelo as linhas, eram as mesmas
que ela matou
no meu sonho arrematou o medo.
Foi assim o processo vivo fantástico da reprodução
das cores na memória...Ganhando o medo,
o sobrenome da imaginação.
Quando cresci  na realidade, outros nomes.
Lilian Meireles
Enviado por Lilian Meireles em 27/11/2020
Reeditado em 27/11/2020
Código do texto: T7121603
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