A Jornada do Milho
Naquele dia, nascemos, meus irmãozinhos e eu, estávamos dentro daquilo que chamam de espiga, espera! Será que espiga é a minha mamãe?
Nossa que calor, ainda bem que tenho comida a vontade entrando em mim.
Eis que vem uma mão forte, nos arrancam com tanta força que até fico tonto, ainda bem que minha mãe, meus irmãos e eu continuamos juntinhos, mas peraí vão nos levar para onde?
Nos botaram num saco e lá passei dias, a fome foi aumentando, parecia que minhas energias estavam acabando.
Eis que o sol! E lá estou eu entre chuchus e cenouras, o Sol até me deu vida, mas já tenho alguns irmãos que não me respondem mais e minha mamãe ficou sem forças para me dar alimento.
Sou capturado mais uma vez, será que irei aonde?
Agora estou em uma cesta e tem umas batatas aqui, chato demais! Não consigo conversar com elas, ninguém me responde, aqui até parece um bom local para dormir… zzz
...Mas, porquê, estou me desprendendo da mamãe? Vou tentar invocar o Buda que há em mim e relaxar, nessa água quente em que estão me colocando, Humm bom! Ficarei em paz, dormirei aqui!
Vi uma boca, entrei e rolei numa pura lisergia, foi a experiência mais linda da minha vida, encontrei diversos amigos, alguns estavam meio amassados, mas estavam lá, o brócolis coitado, com o cabelo todo bagunçado e eu? Nunca me senti tão inteira na vida, estava me sentindo útil, com minha energia, com minha sabedoria.
Até que, quando estou quase sem força e sou expurgada! Me vem um pano preto, fim da linha…
Ah que vida boa, na minha lápide quero que esteja escrito, esse aproveitou!
Eita, um vento nos meus cabelos, peraí! Mas que cabelos? abro os olhos e vejo uma linda e bela cor púrpura em meus cabelos. Renasci e Floresci