A GAROTA LOBA E O PRÍNCIPE DE CABELOS DOURADOS

Há muito tempo, minha mãe foi exilada pela própria família, depois terem descoberto que ela vivia um relacionamento secreto com uma criatura meio humano e meio lobo.
Depois de ter sido expulsa, minha mãe e meu pai foram viver em um lugar isolado na floresta e foi lá que nós crescemos. Primeiro, tiveram minha irmã mais velha, Ramona, e depois, a mim; por fim, meu irmãozinho Hot. Como esperado, nascemos metade humano e metade lobo.
Nós cinco éramos uma família quase que perfeita, até que minha mãe faleceu. Após aquele dia, nosso pai nos proibiu de sair sem que colocássemos alguma coisa que cobrisse nossas orelhas de lobo e de falar com humano. Sempre que eu saia para me divertir com meus amiguinhos lobos, usava um capuz vermelho que ganhei da minha mãe, quando completei dez anos. Assim tem sido meus dias. Em um de meus encontros com amigos, conheci alguém.
Estava eu colhendo flores, quando o som horripilante de uivos de lobo chamaram minha atenção. Corri na direção dos uivos e, quando cheguei ao local, vi que a agitação era por causa de um humano que ali estava.
Ele aparentava ter a idade da minha irmã. Não posso negar, era muito belo. Olhando-o, com atenção, parecia um príncipe das antigas histórias da mamãe. O garoto tinha cabelos dourados e olhos azulados. Suas vestes possuíam detalhes dourados. Ao contrário do que meu pai dizia sobre os humanos serem terríveis e cruéis, ele era diferente, parecia-me gentil e não se importar com as lambidas dadas pelos lobos. Eu observava tudo a distância; no entanto, com uma enorme vontade de aproximar-me. Não fiz por ter me lembrado de uma das regras de papai: não falar com humanos.
Ainda assim, por um longo tempo, encantada, continuei apreciando o belo príncipe de cabelos dourados.
Gabriela Cohen Rodrigues - 17 anos
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 02/09/2020
Código do texto: T7053170
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