"Thor x Tupã " - Parte ll

Não houve espaço para formalidades ou apresentações. A descarga de energia emanada apenas pela presença das duas divindades foi o suficiente para que o céu escurecesse sobre a ilha e uma imensa tempestade presente se fizesse naquele lugar. Chuva torrencial, trovões e raios testemunharam uma confronto violento, onde ambos os oponentes davam tudo de si.

Quando os golpes se sucederam, a tempestade ganhou dimensões globais, e há quem diga que na parte do planeta que era dia, o sol desapareceu. Um trovão de proporções Apocalípticas cruzou a Terra de norte a sul, e em seguida, outro varou o globo o ocidente ao oriente. Há quem diga que muitas civilizações acharam que seria neste momento o fim do planeta e da espécie humana.

O Deus indígena, a alguns metros de distância do oponente nórdico, mirou sua flecha no adversário, que no auge da sua agilidade, conseguiu que a mesma não acertasse seu coração. Flechada de raspão no ombro, revidada com o martelo atirado na bacia de Tupã, que cambaleou, mas se manteve em pé. O martelo encantado voltou para as mãos do seu dono, assustando o índio, que nunca presenciara nada igual.

No momento em que os dois se engalfinharam de forma ainda mais ferrenha, um novo clarão se fez presente no céu, a tempestade cessou repentinamente, e deslizando sobre plumas de mil megatons, eis que aparece Deus, o Criador, aquele que fez o mundo em sete dias. O Pai de Todos chegou imponente, e sua fúria e poder eram ainda muito maiores que a dos deuses pagãos que ali se encontravam...

* O Eldoradense