"Thor x Tupã " - Parte l

Certa vez, Loki, o Deus da Trapaça, estava entediado. Já havia esgotado todo o seu estoque de tramoias, maledicências e planos que alimentavam desavenças. Eis que ele ficou sabendo que em terras distantes, ao sul de Midgard, - Terra - mais precisamente em Pindorama, havia um Deus do Trovão que atendia pelo nome de Tupã. Isso foi mais que o suficiente para que Loki chegasse em seu irmão, Thor, e revelasse a existência de um rival que também exerceria a divindade sobre as descargas elétricas vindas do céu.

Thor, o Deus nórdico dos trovões, ficou irado! Fez questão de deixar Asgard e desceu até às gélidas terras setentrionais de Midgard, onde descansou em algum ponto geográfico correspondente ao atual território norueguês. Pediu então para que Loki seguisse viagem até Pindorama e desse o recado ao índio herege: Ambos travariam um embate em local neutro, mais precisamente onde hoje é o Triângulo das Bermudas. Aquele que saísse vivo do duelo, seria oficialmente, o único Deus do Trovão.

Tupã, ao receber a notícia do mensageiro forasteiro, não se fez de rogado: Iria sim, na condição divina, deslocar-se até o local marcado e travaria o embate mortal. Descansou por dois dias nas exuberantes florestas de Pindorama, e pediu para que seus súditos guaranis rezassem por ele. No dia do embate, pintou o rosto com urucum, armou-se do melhor arco e flecha e lá estava, numa misteriosa ilha caribenha, aguardando o oponente.

Quando já estava quase se cansando de esperar, um clarão abriu-se no céu: Surge a figura mitológica nórdica, vestindo um estranho uniforme de batalha e empunhando um martelo como arma...