PIRATAS DO CARIBE
Navegando pelas marolas
Vinha um navio a toda vela
No mastro uma bandeira
Com o símbolo da caveira
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Um pirata do olho de vidro
E da perna-de-pau de pinho
Manejava o leme
Rumo as ilhas do Caribe
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Alçaram a âncora
Prá contar a muamba
Calçando botas
Com fivelas de prata
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Maldiziam os crocodilos
Que os haviam perseguido
Seus chapéus comido
E a proa destruído
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Repartiam dublones de ouro
Da arca do tesouro
Do saque aos flibusteiros
Vitoriosos bucaneiros
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Contavam ter avistado
O rei Netuno sobre as águas
E terem sido encantados
Por uma Sereia na praia
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Bebiam jacuba do alambique
Quando apareceu-lhes a Mobi-Dicke
Do tamanho dum penhasco
E fez um rombo no casco
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Fizeram andar pela prancha
O capitão Sancho-Pança
Num motin contra a marmita magra
Sopa de polvo e alga
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E ribombava como trovão
Os tiros do canhão
Atracaram no cacifo
Pelas águas do Pacífico
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Zarolhos e zambaios
Praguejavam mal-encarados
Lustravam as carabinas empoeiradas
Até luzir as espadas
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Bebericavam rum
E comiam atum
Temperado com pimenta e alho
Assado nas brasas do borralho
*
Meio aos barris de pólvora
Armaram suas redes de cordas
E foram descansar seus ossos
Até o dia amanhecer de novo
*
Resguardados pelos delfins e baleias
Até baixar a maré cheia
Mirando a lua beijar o mar
E as estrêlas trocarem de lugar...
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