Da Roupa Velha à Carne de Onça
Toda minha família come bem
Opções de prato, é, nunca faltam
É a maior festa quando se juntam
Entre todos tem alguém de parabéns.
Receita da mãe tem a roupa-velha
Quem faz é minha cara-metade
Com ela nunca tem tempestade
Regada a vinho e não tem groselha.
Um outro prato da manda-brasa
É sempre camarão na moranga
Gostoso tal suco de pitanga
Comida que não tem que ir na brasa.
Um filho que faz sanduíche cubano
Para o café da tarde degustarem
E depois as cintas se ajustarem
Adaptado por ele, lusitano.
Outro é especialista em sarapatel
Aprendeu com uma moça baiana
Morena jambo, bela praiana
Sempre que é dia dele, pede troféu
O irmão novo faz o entrevero
Quem não sabe, é sustento com pinhão
Tanto ingrediente, grande confusão
Come-se tanto, baita exagero.
Neta, faz caramelos salgados
Que é uma das melhores sobremesas
Quem a admira, chama-a de princesa
Assim sempre seremos seus criados.
A carne de onça quem faz é a nora
Vinda da terra dos verdes parques
Carne crua, sem muito badulaque
Assim com alegria, vamos embora.
Aroldo Arão de Medeiros
08/11/2024