‘N.A.: As "QUADRAS PERFILADAS" serão publicadas paulatinamente
e seguirão o mesmo entendimento das "TROVAS DO DIA",
meu projeto literário encerrado em 10/10/2020, sem o compromisso de datas fixadas. Maiores detalhes na quadra “ÊXTASES”, publicada em 18/06/2021.
==============================================

QUADRA PERFILADA (CLXVI)

SAUDADE VIVA” 
 
  Página 3 | Fotos Saudade, 74.000+ fotos de arquivo grátis de ...
O tempo passa mas não apaga,
A saudade que se propaga,
Nunca se esquece dum passado,
Com momentos bem amados.
---------------------------------------------

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

HOMENAGEADO:
 
Noel Rosa: As histórias por trás das 3 músicas mais ouvidas ...
NOEL ROSA (1910/1937)

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

 
UM DE SEUS PENSAMENTOS:
“Quem acha vive se perdendo.”

SEU PERFIL BIOGRÁFICO:
Noel de Medeiros Rosa foi um sambista, cantor, compositor, bandolinista e violonista brasileiro, um dos maiores e mais importantes artistas da música no Brasil. Teve contribuição fundamental na legitimação do samba de morro e no "asfalto", ou seja, entre a classe média e o rádio, principal meio de comunicação em sua época - fato de grande importância, não só para o samba, mas para a história da música popular brasileira.
Morto prematuramente aos 26 anos em decorrência de tuberculose, deixou um conjunto de canções que se tornaram clássicas dentro do cancioneiro popular brasileiro. Em 2016 foi agraciado in memoriam com a Ordem do Mérito Cultural do Brasil, na classe de grão-mestre. Filho do mineiro Manuel de Medeiros Rosa (1880-1935) e da carioca Marta Correia de Azevedo (1889-1940), Noel nasceu de um parto muito difícil e complicado, que incluiu o uso de fórceps pelo médico obstetra como medida para salvar as vidas da mãe e bebê. Além disso, tinha hipoplasia (desenvolvimento limitado da mandíbula, provável Síndrome de Pierre Robin), o que lhe marcou as feições por toda a vida e destacou sua particular fisionomia. Nascido na rua Teodoro da Silva n.º 130, no bairro carioca de Vila Isabel, Noel era de família de classe média. Estudou no tradicional Colégio de São Bento. Adolescente, aprendeu a tocar bandolim de ouvido e tomou gosto pela música e, pela atenção que ela lhe proporcionava, logo, passou ao violão e cedo tornou-se figura conhecida da boemia carioca. Em 1931 entrou para a Faculdade de Medicina, porém, em pouco tempo o projeto de estudar mostrou-se pouco atraente diante da vida de artista, em meio ao samba e noitadas regadas à cerveja. Noel foi integrante de vários grupos musicais, entre eles o Bando de Tangarás desde 1929, ao lado de João de Barro (o Braguinha), Almirante, Alvinho e Henrique Brito. Em 1929, Noel arriscou as suas primeiras composições, Minha Viola e Festa no Céu, ambas gravadas por ele mesmo. Mas foi em 1930 que o sucesso chegou, com o lançamento de “Com que roupa?”, um samba bem-humorado que sobreviveu décadas e hoje é um clássico do cancioneiro brasileiro. Uma lenda desmentida por Almirante, seu parceiro musical e biógrafo, diz que a canção surgiu de um episódio em que queria sair com os amigos, mas sua mãe não deixou e escondeu suas roupas. Ele, então com pressa, perguntou: "Com que roupa eu vou?" Noel revelou-se um talentoso cronista do cotidiano, com uma sequência de canções que primam pelo humor e pela veia crítica. Orestes Barbosa, exímio poeta da canção, seu parceiro em Positivismo, o considerava o "rei das letras". Noel também foi protagonista de uma curiosa polêmica (Noel Rosa X Wilson Batista) travada através de canções com seu rival Wilson Batista. Os dois compositores atacaram-se mutuamente em sambas agressivos e bem-humorados, que renderam bons frutos para a música brasileira, incluindo clássicos de Noel como Feitiço da Vila e Palpite Infeliz. Entre os intérpretes que passaram a cantar seus sambas, destacam-se Mário Reis, Francisco Alves e Aracy de Almeida. Autodidata, Noel aprendeu a tocar bandolim de ouvido pelos bares da Vila Isabel e tomou gosto pela música. No ano de 1930, quando a canção popular começou a se firmar e o samba passou a definir a linhagem autêntica como raiz própria e brasileira, Noel Rosa ganhou destaque e preferência entre os ouvintes de rádio e participantes dos carnavais de rua do Rio de Janeiro. Sua música conquistava a todos pela autenticidade ao falar de amor, de encontros desencontros e do cotidiano. Noel teve ao mesmo tempo várias namoradas e foi amante de muitas mulheres casadas. Casou-se em 1934 com Lindaura Martins, natural de Sergipe. Apesar de ter afeto e carinho pela esposa, era apaixonado mesmo por Ceci, apelido de Juraci Correia de Araújo, uma prostituta de cabaré, e sua amante de longa data. Era tão apaixonado por ela, que ele escreveu e fez sucesso com a canção Dama do Cabaré, inspirada em Ceci, que, mesmo na "vida fácil", era uma dama ao se vestir e ao se comportar com os homens, e o deixou totalmente enlouquecido pela sua beleza. Foram anos de caso: eles se encontravam no cabaré à noite e juntos passeavam, bebiam, fumavam, jogavam e andavam noite afora sem destino - principalmente pelo bairro carioca da Lapa, onde se localizava o cabaré. Ele costumeiramente lhe dava presentes, joias e perfumes e queria retirá-la da prostituição e fazê-la sua esposa. No entanto, uma vez que seria um escândalo social e a família jamais aceitaria uma meretriz na família, tentou dar uma casa para Ceci, para que ela só se deitasse com ele, onde se encontrariam escondidos e a sustentaria. Ceci recusou-se, pois não queria depender de homem para sobreviver, e queria alguém que a assumisse como esposa. Após mais alguns anos juntos, o ciúme doentio de Noel por Ceci a fez terminar a relação, que ficou entre idas e vindas por um bom tempo, até que se afastaram de vez. Seu pai suicidou-se por enforcamento em 3 de maio de 1935, gesto extremo que sua avó paterna, Belarmina de Medeiros, já havia executado em 15 de outubro de 1927. Em depressão por alguns meses pela separação de Ceci, Noel passou os anos seguintes travando uma batalha contra a tuberculose. A vida boêmia, porém, nunca deixou de ser um atrativo irresistível para o artista, que entre viagens para cidades mais altas em função do clima mais puro, sempre voltava ao samba, à bebida e ao cigarro, nas noites cariocas, cercado de muitas mulheres, a maioria, suas amantes. Mudou-se com a esposa para Belo Horizonte, para tratar de seu problema pulmonar, ainda inicial e não transmissível pelo ar, e para salvar seu casamento, já que gostava de sua esposa, mas ela ameaçava se separar, pois não suportava mais as traições e bebedeiras do marido, mas se separar naquela época era um peso e uma vergonha enormes para a mulher, e por isso Lindaura reconsiderou, e também queria salvar seu matrimônio. Sem planejar, Lindaura engravidou, mas sofreu um aborto espontâneo no meado de sua gestação, e, devido às complicações por causa da forte hemorragia, afetando seu aparelho uterino, não pôde mais ter filhos, o que a deixou muito revoltada e deprimida. Foi por isso que Noel Rosa não foi pai, o que o deixou muito mal, já que era seu maior desejo. Da capital mineira, escreveu ao seu médico, Dr. Graça Melo: “Já apresento melhoras/Pois levanto muito cedo/E deitar às nove horas/Para mim é um brinquedo/A injeção me tortura/E muito medo me mete/Mas minha temperatura/Não passa de trinta e sete/Creio que fiz muito mal/Em desprezar o cigarro/Pois não há material/Para o exame de escarro". Trabalhou na Rádio Mineira e entrou em contato com compositores amigos da noite, como Rômulo Paes, recaindo sempre na vida boêmia. O fato de não ter parado de beber e fumar, não fazer repouso absoluto e continuar pegando sereno nas madrugadas, piorou sua tuberculose. De volta ao Rio, sentindo-se bem melhor, parou com as medicações, e jurou estar curado, mas poucos dias depois adoeceu fortemente, não conseguindo mais se alimentar e nem levantar da cama, faleceu repentinamente em sua casa, no bairro de Vila Isabel no ano de 1937, aos 26 anos, em consequência da doença que o perseguia há alguns anos. Deixou sua esposa viúva e desesperada. Lindaura, sua mulher, e Dona Martha, sua mãe, cuidaram de Noel até o fim. Seu corpo encontra-se sepultado no Cemitério do Caju, no Rio de Janeiro.
------------------------------------------------ 

=================================
Abraços
==================================


Interações (meus agradecimentos):

18/04/2024 22:55 - lumah
Guardamos muita saudade
de grande amor vivido
que trouxe felicidade
jamais será esquecido.. 
---------------------------------

20/04/24 13:34 - Guída Sá
Ninguém melhor do que eu....
Sabe falar de saudade....
De alguém que me esqueceu...
Na minha tenra idade.  ....   
----------------------------------

 
POETA OLAVO
Enviado por POETA OLAVO em 16/04/2024
Reeditado em 22/04/2024
Código do texto: T8042690
Classificação de conteúdo: seguro