Desvanecimento
Nostradamus sou
que reencarnou
à Terra voltou
e ao futuro vou.
Uma só substância
na verdade existe
múltipla aparência
mas una subsiste.
E tudo preenche
sem deixar vazio
de alto a baixo enche
o mundo com brio.
No mar uniforme
ondas aparecem
e em redor conforme
outras se entretecem.
E juntar-se vão
ora aqui e além
mas dessa união
algo mais provém.
O que era igual
se torna assim vário
uno original
múltiplo fadário.
Este é o início
do que não tem fim
subtil artifício
desse todo assim.
Tão fácil de ler
no vero sentir
onde o mor saber
jaz no intuir.
Os sábios de outrora
viram-no em si
e também agora
há génios aqui.
Que a realidade
mais inteligível
suplanta a verdade
do que é só sensível.
E assim a Razão
o Logos do Ser
se une ao Coração
no vero saber.
Novo paradigma
da inteligência
desfaz o enigma
religa a ciência.
Quem puder entenda
esta teoria
pela reta senda
da sabedoria.
Unificação
do conhecimento
multirrelação
Desvanecimento!
(E neste presente
tudo é evanescente)
Famalicão, 28-06-2008