Folhas caindo, o céu se abrindo
Folhas caindo, céu se abrindo,
azul manhã, horário sete;
os raios do sol no chão reflete,
se faz agora um clima limpo.
Me lembro claro o céu passado
moldado como o próprio gelo;
de quando só no pesadelo,
um tempo escuro desolado.
Sem sair no sol e letra obscura,
o corpo pálido queimava;
a dor na pele e nada amava,
ardendo como queimadura.
Do tempo em pânico amargor
foi bom sentar ao fresco ar;
manhã de abril, no qual pensar
tornou-se luz e inspirador.