N.A.: As "QUADRAS PERFILADAS" serão publicadas paulatinamente e seguirão o mesmo entendimento das "TROVAS DO DIA", meu projeto literário encerrado em 10/10/2020, sem o compromisso de datas fixadas. Maiores detalhes na quadra “ÊXTASES”, publicada em 18/06/2021. ==============================================
QUADRA PERFILADA (CL)

CANTO QUE NÃO ENCANTA
 Traço Original: Seresteiro de Conservatória
  Eu tentei ser um seresteiro,
Para o meu amor conquistar, 
Mas ela disse que primeiro,
Eu preciso aprender a cantar.
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HOMENAGEADO:
Poema de Casimiro de Abreu é destaque do Leitura ao Pé do Ouvido -  Biblioteca de São Paulo
CASIMIRO DE ABREU (1839/1860)

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UM DE SEUS PENSAMENTOS:
“A primavera é a estação dos risos.”

SEU PERFIL BIOGRÁFICO:
Casimiro José Marques foi um poeta brasileiro natural de Barra de São João no Rio de Janeiro que viveu na segunda geração do romantismo. Filho do fazendeiro português José Joaquim Marques de Abreu e de Luísa Joaquina das Neves, uma fazendeira de Barra de São João, viúva do primeiro casamento. Com José Joaquim ela teve três filhos, embora nunca tenham sido oficialmente casados. Casimiro nasceu na Fazenda da Prata, localizada na Serra do Macaé anteriormente localizada no território de Nova Friburgo hoje em Casimiro de Abreu, propriedade herdada por sua mãe em decorrência da morte do seu primeiro marido, de quem não teve filhos. A localidade onde viveu parte de sua vida, Barra de São João, era ao tempo território de Macaé e hoje distrito do município que leva seu nome, e também chamado "Casimiro de Abreu", foi batizado na igreja da localidade por isso a homenagem. Recebeu apenas a instrução primária no Instituto Freese, dos onze aos treze anos, em Nova Friburgo, então cidade de maior porte da região serrana do estado do Rio de Janeiro, e para onde convergiam, à época, os adolescentes induzidos pelos pais a se aplicarem aos estudos. Aos treze anos transferiu-se para o Rio de Janeiro para trabalhar com o pai no comércio. Com ele, embarcou para Portugal em 1853, onde entrou em contato com o meio intelectual e escreveu a maior parte de sua obra. O seu sentimento nativista e as saudades da família escreve: "estando a minha casa à hora da refeição, pareceu-me escutar risadas infantis da minha mana pequena. As lágrimas brotavam e fiz os primeiros versos de minha vida, que teve o título de Ave Maria". Em Lisboa, foi representado seu drama Camões e o Jau em 1856, que foi publicado logo depois. Seus versos mais famosos do poema Meus oito anos. Em 1857 retornou ao Brasil para trabalhar no armazém de seu pai. Isso, no entanto, não o afastou da vida boêmia. Escreveu para alguns jornais e fez amizade com Machado de Assis. Em 1859 editou as suas poesias reunidas sob o título de Primaveras. Tuberculoso, retirou-se para a fazenda de seu pai, Indaiaçu, hoje sede do município que recebeu o nome do poeta, onde inutilmente buscou uma recuperação do estado de saúde, vindo ali a falecer. Foi sepultado conforme seu desejo em Barra de São João, estando sua lápide no cemitério da secular Capela de São João Batista, junto ao túmulo de seu pai. Espontâneo e ingênuo, de linguagem simples, tornou-se um dos poetas mais populares do Romantismo no Brasil. Seu sucesso literário, no entanto, deu-se somente depois de sua morte, com numerosas edições de seus poemas, tanto no Brasil, quanto em Portugal. Deixou uma obra cujos temas abordavam a casa paterna, a saudade da terra natal, e o amor (mas este tratado sem a complexidade e a profundidade tão caras a outros poetas românticos). A despeito da popularidade alcançada pelos livros do poeta, sua mãe, e herdeira necessária, morreu em 1859 na mais absoluta pobreza, não tendo recebido nada em termos de direitos autorais, fossem do Brasil, fossem de Portugal. Encontra-se colaboração da sua autoria nas revistas O Panorama (1837-1868) e A illustração luso-brasileira (1856-1859). É o patrono da cadeira número seis da Academia Brasileira de Letras, fundada por Machado de Assis. -----------------------------
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Abraços
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Interações (meus agradecimentos):

13/10/2023 19:37 - Solano Brum
Eu nunca foi Seresteiro
Mas escrevo Poesia de amor!
Com pontaria de arqueiro, 
Meu beijo tem sabor!
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14/10/2023 12:05 - Antônio Souza
Eu pensei que se cantasse
Ela comigo se encantaria
Mas por mais que me esforçasse
Nada de bom de mim saia.
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16/10/23 15:15 - Guída Sá
Tentei fazer do meu canto...
Um momento de pura magia...
O que provoquei  foi espanto...
Desencanto  e muita  agonia.  
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POETA OLAVO
Enviado por POETA OLAVO em 11/10/2023
Reeditado em 16/10/2023
Código do texto: T7906267
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