‘N.A.: As "QUADRAS PERFILADAS" serão publicadas paulatinamente
e seguirão o mesmo entendimento das "TROVAS DO DIA",
meu projeto literário encerrado em 10/10/2020, sem o compromisso de datas fixadas. Maiores detalhes na quadra “ÊXTASES”, publicada em 18/06/2021.
==============================================

QUADRA PERFILADA (CLIII)
 
SAUDADE CAÇADORA” 
  Design PNG E SVG De Silhueta De Mulher Caçadora Com Arma Para Camisetas
Cada vez que o tempo passa,
E a distância só aumenta,
A saudade sempre me caça,
Numa vontade que esquenta.
------------------------------------------------

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

HOMENAGEADA:
Pagu, a indômita - Outras Palavras
PAGU
(PATRÍCIA REHDER GALVÃO) (1910/1962)

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX


UM DE SEUS PENSAMENTOS:
“Sonhe, tenha até pesadelo se necessário for, mas sonhe.”

SEU PERFIL BIOGRÁFICO:
Patrícia Rehder Galvão, conhecida como Pagu, foi uma escritora, poetisa, diretora, tradutora, desenhista, cartunista e jornalista natural de São João da Boa Vista (SP). Foi também militante comunista[3] da política brasileira, quando teve expressivo destaque no movimento modernista iniciado em 1922, embora não tivesse participado da Semana de Arte Moderna, por ter na época apenas doze anos de idade. Militante comunista, foi presa por motivações políticas. Pagu foi a terceira de quatro irmãos de uma família de classe alta do Interior de São Paulo. Era filha de Thiers Galvão de França, advogado e jornalista de ascendência portuguesa, e de Adélia Rehder, dona de casa de ascendência alemã e portuguesa. Seus irmãos chamavam-se Conceição, Homero e Sidéria. Os avós paternos eram Joaquim Galvão Freire de França e Guilhermina Galvão, e os maternos, Germano Rehder Sobrinho e Ordália Aguiar Rehder. Bem antes de se tornar Pagu, apelido que lhe foi dado pelo poeta Raul Bopp, Zazá, como era conhecida em família, já era uma mulher avançada para os padrões da época, com seu comportamento considerado extravagante e defendendo as causas feministas. Fumava e bebia em público, usava roupas colantes e transparentes, usava cabelos curtos, manteve diversos relacionamentos amorosos, e costumava falar palavrões. Seu comportamento rebelde e à frente do seu tempo não era compatível com sua origem familiar, conservadora e tradicional. Em 1925, com quinze anos, mudou-se com a família para a capital paulista, onde conseguiu o primeiro emprego, como redatora, passando a escrever críticas contra o governo e contra as injustiças sociais, em uma coluna de notícias do Brás Jornal, assinando com o pseudônimo de Patsy. Embora tenha se tornado a musa dos modernistas, Pagu não participou da Semana de Arte Moderna. Tinha apenas doze anos em 1922, quando a Semana se realizou. Entretanto, aos dezoito anos, pouco depois de completar o curso na Escola Normal da capital paulista, integra-se ao movimento antropofágico, sob a influência de Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral. O apelido Pagu surgiu de um erro do poeta modernista Raul Bopp, ao dedicar a ela, em 1928, o poema "Coco de Pagu. Pagu publicou os romances Parque Industrial (edição da autora, 1933), sob o pseudônimo Mara Lobo, considerado o primeiro romance proletário brasileiro, e A Famosa Revista (Americ-Edit, 1945), em colaboração com Geraldo Ferraz. Parque Industrial foi publicado nos Estados Unidos em tradução de Kenneth David Jackson, em 1994, pela University of Nebraska Press, e na França em tradução e edição crítica de Antoine Chareyre, em 2015. Escreveu também contos policiais, sob o pseudônimo King Shelter, publicados originalmente na revista pulp Detective, publicada pelo Diários Associados e dirigida pelo dramaturgo Nelson Rodrigues, e depois reunidos em Safra Macabra (Livraria José Olympio Editora, 1998). Em seu trabalho, junto a grupos teatrais, revelou e traduziu grandes autores até então inéditos no Brasil como James Joyce, Eugène Ionesco, Fernando Arrabal e Octavio Paz. Ainda trabalhava como crítica de arte quando foi acometida por um câncer de pulmão em 1960. Viajou a Paris para se submeter a uma cirurgia, sem resultados positivos. Ela passou a morar na capital francesa com seu marido, para continuar realizando tratamento quimioterápico, e mensalmente recebia a visita dos filhos. Decepcionada e desesperada por estar doente, sem poder trabalhar com arte, seu maior prazer, e necessitando ficar sempre acamada, Patrícia desenvolveu uma profunda depressão, e tentou o suicídio, tentando dar um tiro na própria cabeça, sendo impedida pelo marido, ferindo-se apenas de raspão. Sobre o episódio, escreveu no panfleto "Verdade e Liberdade": "Uma bala ficou para trás, entre gazes e lembranças estraçalhadas". Após dois anos de tratamento, foi desenganada pelos médicos e voltou ao Brasil, morrendo em Santos um mês depois, em 12 de dezembro de 1962, aos 52 anos.
-----------------------------

==================================
Abraços
==================================


Interações (meus agradecimentos):


22/07/2023 09:30 - Lia Fátima
Ai! Saudades matadora! 
Fico eu aqui fantasiando 
Enquanto, longe, pensamento voa
Coração segue ansiando...  
------------------------------------------
23/07/2023 21:16 - 
Uma Mulher Um Poema
Tudo nessa vida passa,
tudo volta ao normal,
só não passa a saudade,
daquele amor imortal. 
-----------------------------------------

24/07/2023 22:19 - Joaquim Veríssimo Ferreira Filho
A saudade me bate
Botei o pé na estrada
Se assim ela caçou eu
Também por mim foi caçada!...
-----------------------------------------

13/08/23 11:21 - Antônio Souza
A saudade muito me maltrata
Daquela mulher q' tanto amei
Não sei por que aquela ingrata
Me deixou se só amor eu lhe dei.  
-----------------------------------------

 
POETA OLAVO
Enviado por POETA OLAVO em 22/07/2023
Reeditado em 13/08/2023
Código do texto: T7842965
Classificação de conteúdo: seguro