‘N.A.: As "QUADRAS PERFILADAS" serão publicadas paulatinamente
e seguirão o mesmo entendimento das "TROVAS DO DIA",
meu projeto literário encerrado em 10/10/2020, sem o compromisso de datas fixadas. Maiores detalhes na quadra “ÊXTASES”, publicada em 18/06/2021.
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QUADRA PERFILADA (CXLVIII)
 
NOME DA SAUDADE
 Como fazer alguém sentir saudades de você! - Alexander Voger Blog
Saudade que tem o nome dela,
Que se foi, mas que aqui ficou,
Vou pintar versos em aquarela,
Pra eternizar o nosso amor.
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HOMENAGEADO:
Lima Barreto: Um romancista da negritude - Por dentro da África
LIMA BARRETO (1881/1922)

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UM DE SEUS PENSAMENTOS:
“Entre nós tudo é inconsistente, provisório, não dura.”

SEU PERFIL BIOGRÁFICO:
Afonso Henriques de Lima Barreto foi um jornalista e escritor brasileiro natural do Rio de Janeiro. Publicou romances, sátiras, contos, crônicas e uma vasta obra em periódicos, principalmente em revistas populares ilustradas e periódicos anarquistas do início do século XX. A maior parte de sua obra foi redescoberta e publicada em livro após sua morte por meio do esforço de Francisco de Assis Barbosa e outros pesquisadores, levando-o a ser considerado um dos mais importantes escritores brasileiros. Mas Monteiro Lobato, em carta de 1 de outubro de 1916 ao escritor Godofredo Rangel, já reconheceu o talento desse escritor mulato vítima do preconceito: "“Conheces Lima Barreto? Li dele, na Águia, dois contos, e pelos jornais soube do triunfo do Policarpo Quaresma, cuja segunda edição já lá se foi. A ajuizar pelo que li, este sujeito me é romancista de deitar sombras em todos os seus colegas coevos e coelhos, inclusive o Neto. Facílimo na língua, engenhoso, fino, dá impressão de escrever sem torturamento – ao modo das torneiras que fluem uniformemente a sua corda-d’água". Era filho de João Henriques de Lima Barreto, filho de uma antiga escrava e de um madeireiro português e de Amália Augusta, filha de escrava e agregada da família Pereira Carvalho. Ao nascer, a família morava na rua Ipiranga, próxima ao Largo do Machado, e seu pai ganhava a vida como tipógrafo. Aprendeu a profissão no Imperial Instituto Artístico, que imprimia o periódico "A Semana Ilustrada", foi funcionário da Imprensa Oficial e publicou a tradução do Manual do Aprendiz Compositor, de Jules Claye. Sua mãe foi educada com esmero, sendo professora da 1ª à 4ª série. Ela faleceu quando ele tinha apenas seis anos e João Henriques trabalhou muito para sustentar os quatro filhos do casal. João Henriques era monarquista, ligado ao visconde de Ouro Preto, padrinho do futuro escritor. As lembranças de um período frutífero que era do Segundo Reinado[6] de Dom Pedro II, bem como a participação da Princesa Isabel na Abolição da Escravatura marcaram a visão crítica de Lima Barreto sobre o regime republicano. Em abril de 1907, Lima Barreto fez suas primeiras contribuições para uma revista de grande circulação, ao se tornar secretário da Fon-Fon, a pedido do poeta e jornalista Mário Pederneiras Contudo, sua estadia na revista não durou muito: em junho do mesmo ano, sentindo-se desvalorizado, demite-se e, em outubro, lança a revista Floreal, da qual foi o diretor e principal contribuinte. Além destas, Barreto também contribuiu para as revistas A.B.C. e Careta. Em 1911, publicou o romance Triste Fim de Policarpo Quaresma nas páginas do Jornal do Commercio, pagando do próprio bolso a edição em livro lançada em dezembro de 1915. Nessa época, tornaram-se mais agudas as crises de alcoolismo e depressão do escritor, o que provocou sua primeira internação no hospício em 1914.Em 1916, colaborou com a revista ABC, publicando alguns textos em periódicos de viés socialista. Passados quatro anos da primeira internação no Hospital dos Alienados devido ao alcoolismo, seus problemas de saúde pioraram e Lima Barreto foi aposentado em dezembro de 1918. No ano seguinte, 1919, publicou o romance Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá pela editora Revista do Brasil, de Monteiro Lobato. Os períodos de internação no hospício resultaram na composição de diversos diários e no romance inacabado Cemitério dos Vivos, do qual trechos foram publicados em 1921, mesmo ano em que o autor apresentaria sua terceira candidatura à Academia Brasileira de Letras (nas duas tentativas anteriores, fora preterido; nesta última, o próprio escritor desistiria antes das eleições). De 1909 a 1922 foi excluído da crítica oficial com um "silêncio implacável" quanto aos seus escritos Em sua época não era fácil ter um original aceito pelos maiores editores do Rio, e ele, como vários outros apelaram por publicações em Portugal, tendo sido sua obra Recordações do Escrivão Isaías Caminha seguido esse caminho em 1907. Sua "posição combativa" e sua "crítica contundente" custaram-lhe a marginalidade e a indiferença da elite cultural. Este comportamento de seus pares temporais encontra-se refletido no fato da descoberta e valorização de sua obra após a sua morte, fato que pode facilmente ser associado à sua afirmação em artigo publicado no dia 6 de junho de 1922 na Revista Careta: "O Brasil não tem povo, tem público", típico de sua visão do mundo que o cercava e que aparece na dominante ironia presente em seu personagem narrador: Quaresma. Com a saúde cada vez mais debilitada, Lima Barreto faleceu de um colapso cardíaco no dia 1º de novembro de 1922, aos 41 anos, em sua casa, no bairro de Todos os Santos, no Rio de Janeiro. Seus restos mortais, bem como os de seu pai (falecido dois dias depois) estão no cemitério de São João Batista, na Quadra 14 - 3º piso - Jazigo: 8024. No mesmo cemitério encontra-se o mausoléu dos imortais da Academia Brasileira de Letras.
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Abraços
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Interações (meus agradecimentos):

21/05/2023 07:56 - dilsonpoeta
Saudade me desacate, 
que se entristecer meu dia, 
antes que você me mate, 
eu a mato com poesia. 
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21/05/2023 11:59 - Uma Mulher Um Poema
Saudades de um tempo bom,
De tudo o que nós vivemos,
No aconchego ouvíamos o som,
Das canções que não esquecemos.
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22/05/2023 11:58 - ChicoMesquita
Só não sabe o que é saudade,
Quem na vida nunca amou,;
Não provou felicidade,
Quando por aqui passou.
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23/05/2023 12:16 - Norma Aparecida Silveira Moraes
Saudade tenho no peito
São lembranças da alma
Uma dor, não tem jeito
Não há nada que acalma
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POETA OLAVO
Enviado por POETA OLAVO em 19/05/2023
Reeditado em 23/05/2023
Código do texto: T7792136
Classificação de conteúdo: seguro