N.A.: As "QUADRAS PERFILADAS" serão publicadas
paulatinamente sem o compromisso de datas fixadas e
seguirão o mesmo entendimento das "TROVAS DO DIA",
meu projeto literário encerrado em 10/10/2020. Maiores detalhes na quadra “ÊXTASES”, publicada em 18/06/2021.

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QUADRA PERFILADA (CXXV)
 
"DESAFINADO
OS 5 PIORES ERROS AO ESCOLHER A MÚSICA DO CASAMENTO – Camerata Benesi
Nunca fiz serenata ao luar,
Pra conquistar uma mulher,
Não é por não saber cantar,
Que não vou ter quem me quer.
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HOMENAGEADA:
Biografia de Chiquinha Gonzaga - eBiografia
CHIQUINHA GONZAGA (1847/1935)

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UM DE SEUS PENSAMENTOS:
“Ou o meu homem é meu, ou eu não sou dele”.

SEU PERFIL BIOGRÁFICO:
Francisca Edwiges Neves Gonzaga, mais conhecida como Chiquinha Gonzaga, foi uma compositora, instrumentista e maestrina brasileira natural do Rio de Janeiro. Pioneira musicista, Chiquinha foi a primeira pianista chorona (musicista de choro), autora da primeira marcha carnavalesca com letra ("Ó Abre Alas", 1899) e também a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil. Em uma época em que imperavam as valsas, polcas e tangos no cenário musical de elite no Brasil, Chiquinha incorporava em suas composições a diversidade encontrada na música das classes mais baixas. Foi também pioneira na defesa dos direitos autorais de músicos e autores teatrais. A necessidade de adaptar o som do piano ao gosto popular rendeu-lhe o reconhecimento como primeira compositora popular do Brasil. No Passeio Público do Rio de Janeiro há uma herma em sua homenagem, obra do escultor Honório Peçanha. Em maio de 2012 foi sancionada a Lei 12.624, que instituiu o Dia da Música Popular Brasileira, comemorado no dia de seu aniversário. Considerada uma das maiores influências da música popular brasileira, era neta de uma escrava liberta e foi a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil. Desde pequena, Chiquinha revelara temperamento firme, personalidade decidida e espírito inquieto e é provável que seus familiares alimentassem a ideia de que o casamento desse jeito na moça inquieta. Não se sabe quem escolheu o marido de Chiquinha, mas sabe-se que ela não teve qualquer participação na escolha. Jacinto Ribeiro do Amaral, nascido no Rio de Janeiro em 11 de setembro de 1839, era filho de Miguel Ribeiro do Amaral, português, e de Maria Isabel da Rosa Amaral, carioca, sendo oito anos mais velho que ela. Na ocasião do casamento, o pai do rapaz, comendador e proprietário de terras na Ilha do Governador, já era falecido. A cerimônia ocorreu às cinco horas da tarde do dia 5 de novembro de 1863, com solenidade na Igreja de Sant'Ana, no centro do Rio de Janeiro. Chiquinha agora se chamava Francisca Edwiges Gonzaga do Amaral. O dote de seu pai foi um piano. Chiquinha levava uma vida de conforto, cercada de escravos, mas a vida doméstica não lhe aprazia. Era apenas ao piano que Chiquinha se sentia confortável e Jacinto logo começou a exigir que ela deixasse a música de lado. Aos 16 anos, Chiquinha tornou-se mãe. João Gualberto nasceu em 12 de julho de 1864 e foi batizado pelo bisavô materno, o brigadeiro Feliciano José Neves Gonzaga, e a a avó paterna dona Marial Isabel da Rosa Amaral. No ano seguinte, em 12 de novembro de 1865, nasceu Maria do Patrocínio, batizada pelos avós maternos, José Basileu e Rosa. Para o desespero do marido, Chiquinha continuava sua dedicação ao piano, mesmo após o nascimento dos filhos e as discussões eram constantes. Compositora e regente carioca, Chiquinha Gonzaga destaca-se na história da cultura brasileira e da luta pelas liberdades no país pelo seu pioneirismo. A coragem com que enfrentou a opressora sociedade patriarcal e criou uma profissão inédita para a mulher, causou escândalo em seu tempo. Atuando no rico ambiente musical do Rio de Janeiro do Segundo Reinado, no qual imperavam polcas, tangos e valsas, Chiquinha Gonzaga não hesitou em incorporar ao seu piano toda a diversidade que encontrou, sem preconceitos. Assim, terminou por produzir uma obra fundamental para a formação da música brasileira, pela primeira vez apresentada ao grande público por meio do Acervo Digital Chiquinha Gonzaga. Aos 52 anos de idade, já consagrada, Chiquinha conheceu aquele que iria se tornar seu companheiro até o final da vida, o jovem português de 16 anos João Batista Fernandes Lage, mais tarde João Batista Gonzaga. O nome da compositora esteve também envolvido em escândalo, desta vez político, quando seu tango Corta-jaca foi executado no Palácio do Catete, em 1914. Como autora de músicas de sucesso, sobretudo pela divulgação nos palcos populares do teatro musicado, Chiquinha Gonzaga sofreu exploração abusiva de seu trabalho, o que fez com que tomasse a iniciativa de fundar, em 1917, a primeira sociedade protetora e arrecadadora de direitos autorais do país, a Sociedade Brasileira de Autores Teatrais (Sbat). Chiquinha Gonzaga teve seu trabalho reconhecido em vida, sendo festejada pelo público e pela crítica. Personalidade exuberante, ela foi dos compositores brasileiros a que trabalhou com maior intensidade a transição entre a música estrangeira e a nacional. Com isso, abriu o caminho e ajudou a definir os rumos da música propriamente brasileira, que se consolidaria nas primeiras décadas do século XX. Atravessou a velhice ao lado de Joãozinho, a quem a posteridade agradece a preservação do acervo da compositora. Chiquinha Gonzaga faleceu no Rio de Janeiro, em 28 de fevereiro de 1935, aos 87 anos de idade.
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Abraços
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Interações (meus agradecimentos):

16/09/2022 11:13 - Antônio Souza
A serenata é uma saudosa mania
Que os enamorados um tempo fazia
Hoje em dia basta uma boa cantada
E já se consegue uma boa namorada.  
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20/09/22 15:36 - Uma Mulher Um Poema
Gosto muito de serenata
feita ao romper do luar,
deixando alegre minh'alma
na música para me encantar. 
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POETA OLAVO
Enviado por POETA OLAVO em 14/09/2022
Reeditado em 20/09/2022
Código do texto: T7605832
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