Confessei-me a noite
Abrigar sob o sereno véu da noite
Vesti-me de seu manto faceiro
Em seu colo confessei meus dissabores
Acolheu-me em seu silêncio benfazejo
No findar do dia ela surge
Envolta pela brisa como afago
Absorta ao tempo que urge
A lua desponta sob o céu estrelado
Desnudo-me de todo meu cansaço
Dos dias difíceis que tenho vivido
Das frustrações que tenho enfrentado
Dias que quase não sinto o corpo amortecido
Impetuosa noite que inspira poetas
Que acalenta e realinha meus pensamentos
Como uma prece que ilumina as trevas
Quão profundo são seus ensinamentos