N.A.: As "QUADRAS PERFILADAS" serão publicadas
paulatinamente sem o compromisso de datas fixadas e
seguirão o mesmo entendimento das "TROVAS DO DIA",
meu projeto literário encerrado em 10/10/2020. Maiores
detalhes na quadra “ÊXTASES”, publicada em 18/06/2021.
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QUADRA PERFILADA (XCI)
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UM DE SEUS PENSAMENTOS:
“Não vemos as coisas como são: vemos as coisas como somos.”
SEU PERFIL BIOGRÁFICO:
Anaïs Nin foi uma escritora, romancista, contista, roteirista, diarista e autobiógrafa francesa natural de Neuilly-sur-Seine. Foi filha do compositor Joaquín Nin, cubano de ascendência catalã e criado na Espanha, e Rosa Culmell y Vigaraud, de ascendência cubana, francesa e dinamarquesa. Sua mãe, filha de diplomata casa-se contra a vontade de sua família. O pai de Anaïs logo se torna um famoso concertista e pianista. Na infância, Anaïs viveu em diferentes países da Europa acompanhando os concertos de seu pai. Sua casa era frequentada pela nata artística, e seus dias eram repletos de fantasia: teatro, dança, música, poesia, leituras, até a separação de seus pais. Quando Anaïs tinha 11 anos, seu pai (após vários casos amorosos) abandona a família para viver com uma mulher bem mais jovem e riquíssima. Sua mãe então decide morar nos Estados Unidos, na intenção de dar uma educação mais ‘real’ para seus filhos, livre das ‘ilusões em que fora criada’ e embarca com Anaïs e seus dois irmãos mais novos em uma viagem de navio para os Estados Unidos, que dura um mês. É nessa viagem que Anaïs dá início ao seu famoso diário, que ela escreverá até sua morte, aos 73 anos. Começa como uma carta ao seu pai, onde ela descreve tudo o que a cerca na intenção de atraí-lo de volta. Mas sua mãe alegando que a carta se perderia, resolve não enviá-la. Anaïs continua escrevendo, agora para si, como um diário, um refúgio na terra estrangeira. Persistirá nele por seis décadas, compondo mais de 35 mil páginas. Aos 16 anos, ela abandona os estudos e torna-se autodidata. Aos 18, se torna modelo de artistas. Em 1923 casa-se com Hugh Guiler, um alto funcionário do City Bank e vão morar em Louveciennes, arredores de Paris. É lá que ela aprofunda o que nunca havia deixado de lado, suas leituras. Sua vida passa sem fortes mudanças até que, aos 29 anos, escreve um livro baseado no universo literário de D. H. Lawrence (autor então maldito por falar dos instintos e emoções femininas). Seu marido Hugh, ao querer fazê-la feliz e inseri-la no mundo literário, a apresenta ao escritor Henry Miller. A partir daí acontece toda uma guinada na vida de Anaïs: ela se apaixona por Henry, por sua instintividade, prazer pela vida, absorção do mundo, e se encanta com June (esposa de Henry), na qual se espelha para descobrir em si mesma sua força feminina. Ao se inserir no mundo artístico, intelectual e boêmio da época, se envolve com diversas personalidades de sua época, às vezes como amiga, outras como apoiadora (de diversos artistas antes do sucesso), outras como amante. Descobre o mundo da psicanálise através de René Allendy (fundador da Sociedade Psicanalítica de Paris) e depois se aprofunda nele com Otto Rank, (um dos principais expoentes da psicanálise da época). De paciente, se tornará pesquisadora de ambos, se envolverá com os dois, cada um em seu tempo, com Otto, além da paixão, encontra uma profunda afinidade de mentes. Ele a ajudará a encarar um dos maiores traumas/desafios de sua vida, sua relação com seu pai. A princípio atuará como assistente de Otto e depois atenderá seus próprios pacientes. Com a Segunda Guerra Mundial muda-se para os Estados Unidos e lá, apenas em 1966, consegue publicar pela primeira vez um de seus diários (com vários cortes e os nomes de algumas pessoas retirados - como o do seu marido). O que parecia ser uma jornada solitária encontra eco. Com o crescimento do Movimento Feminista (embora discordando de diversos pontos chaves deste), Anaïs é convidada a palestrar para mulheres deste movimento, a escrever em revistas importantes, a discursar em Universidades, em centros de psicanálise, a dar entrevistas e a gravar programas com sua história. Tornou-se famosa pela publicação de diários pessoais, que medem um período de sessenta anos, começando quando tinha onze anos. Foi amante de Henry Miller e só permitiu que seus diários sem expurgos fossem publicados após a morte de seu marido Hugh Guiler. Deixando essa incumbência ao seu segundo marido, Rupert Pole (16 anos mais jovem que ela). Seu Diário é considerado hoje um dos documentos de maior importância literária, psicanalítica e antropológica do século XX. Ele mostra, intimamente, o amadurecimento emocional de uma mulher ocidental que vive seus anseios e luta por sua emancipação, na Paris e Nova York de, entre e durante, as grandes guerras. Os seus romances e narrativas, impregnados de conteúdo erótico foram profundamente influenciados pela obra de James Joyce e a psicanálise. Dentre suas obras destaca-se "Delta de Vênus" (1977), traduzido para todas as línguas ocidentais, aclamado pela crítica americana e europeia. O filme cinematográfico "Henry & June" (1990), dirigido por Philip Kaufman, versou sobre o período em que Anaïs Nin, interpretada pela atriz portuguesa Maria de Medeiros, conheceu Henry Miller. A autora faleceu em 14 de janeiro de 1977, em Los Angeles, Estados Unidos, vítima de câncer e o seu sepultamento foi no mar.
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Abraços
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Interações (meus agradecimentos):
07/01/2022 15:59 - Cleir
Fomos dois apaixonados
Cujo tempo desgastou
Valeu o tempo passado
Quando o amor atuou
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07/01/2022 17:42 - Maria de Fatima Delfina de Moraes
Após nossos tantos embates
o amor desgastou a paixão
a vida só renasce
se descartamos a desilusão.
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07/01/2022 20:25 - Mara Cardozo
Estamos empurrando o amor
Perdemos nossa cumplicidade
Com o coração cheio de dor
Por não podermos nos amar de verdade.
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07/01/2022 21:31 - Uma Mulher Um Poema
Paixão que chega de mansinho,
Espalhando-se dentro da alma,
Como um tornado infinito,
Vai deixando suas marcas.
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10/01/22 11:27 - Antônio Souza
Paixão é algo imprevisível
Às vezes até não se deseja
Mas o coração acha possível
Sofrer é o que não se almeja.
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10/01/22 18:01 - Solano Brum
Amei-te com lealdade
Mas não foste tão somente minha!
E eis que, ao meu lado caminha
Essa infinita saudade!
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paulatinamente sem o compromisso de datas fixadas e
seguirão o mesmo entendimento das "TROVAS DO DIA",
meu projeto literário encerrado em 10/10/2020. Maiores
detalhes na quadra “ÊXTASES”, publicada em 18/06/2021.
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QUADRA PERFILADA (XCI)
"DESGASTE”
Se hoje a paixão me corrói,
Essa culpa não é só minha,
Sentimento que fere e dói,
Por amor que não caminha.
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Essa culpa não é só minha,
Sentimento que fere e dói,
Por amor que não caminha.
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HOMENAGEADA:
Anaïs Nin (1903/1977)
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UM DE SEUS PENSAMENTOS:
“Não vemos as coisas como são: vemos as coisas como somos.”
SEU PERFIL BIOGRÁFICO:
Anaïs Nin foi uma escritora, romancista, contista, roteirista, diarista e autobiógrafa francesa natural de Neuilly-sur-Seine. Foi filha do compositor Joaquín Nin, cubano de ascendência catalã e criado na Espanha, e Rosa Culmell y Vigaraud, de ascendência cubana, francesa e dinamarquesa. Sua mãe, filha de diplomata casa-se contra a vontade de sua família. O pai de Anaïs logo se torna um famoso concertista e pianista. Na infância, Anaïs viveu em diferentes países da Europa acompanhando os concertos de seu pai. Sua casa era frequentada pela nata artística, e seus dias eram repletos de fantasia: teatro, dança, música, poesia, leituras, até a separação de seus pais. Quando Anaïs tinha 11 anos, seu pai (após vários casos amorosos) abandona a família para viver com uma mulher bem mais jovem e riquíssima. Sua mãe então decide morar nos Estados Unidos, na intenção de dar uma educação mais ‘real’ para seus filhos, livre das ‘ilusões em que fora criada’ e embarca com Anaïs e seus dois irmãos mais novos em uma viagem de navio para os Estados Unidos, que dura um mês. É nessa viagem que Anaïs dá início ao seu famoso diário, que ela escreverá até sua morte, aos 73 anos. Começa como uma carta ao seu pai, onde ela descreve tudo o que a cerca na intenção de atraí-lo de volta. Mas sua mãe alegando que a carta se perderia, resolve não enviá-la. Anaïs continua escrevendo, agora para si, como um diário, um refúgio na terra estrangeira. Persistirá nele por seis décadas, compondo mais de 35 mil páginas. Aos 16 anos, ela abandona os estudos e torna-se autodidata. Aos 18, se torna modelo de artistas. Em 1923 casa-se com Hugh Guiler, um alto funcionário do City Bank e vão morar em Louveciennes, arredores de Paris. É lá que ela aprofunda o que nunca havia deixado de lado, suas leituras. Sua vida passa sem fortes mudanças até que, aos 29 anos, escreve um livro baseado no universo literário de D. H. Lawrence (autor então maldito por falar dos instintos e emoções femininas). Seu marido Hugh, ao querer fazê-la feliz e inseri-la no mundo literário, a apresenta ao escritor Henry Miller. A partir daí acontece toda uma guinada na vida de Anaïs: ela se apaixona por Henry, por sua instintividade, prazer pela vida, absorção do mundo, e se encanta com June (esposa de Henry), na qual se espelha para descobrir em si mesma sua força feminina. Ao se inserir no mundo artístico, intelectual e boêmio da época, se envolve com diversas personalidades de sua época, às vezes como amiga, outras como apoiadora (de diversos artistas antes do sucesso), outras como amante. Descobre o mundo da psicanálise através de René Allendy (fundador da Sociedade Psicanalítica de Paris) e depois se aprofunda nele com Otto Rank, (um dos principais expoentes da psicanálise da época). De paciente, se tornará pesquisadora de ambos, se envolverá com os dois, cada um em seu tempo, com Otto, além da paixão, encontra uma profunda afinidade de mentes. Ele a ajudará a encarar um dos maiores traumas/desafios de sua vida, sua relação com seu pai. A princípio atuará como assistente de Otto e depois atenderá seus próprios pacientes. Com a Segunda Guerra Mundial muda-se para os Estados Unidos e lá, apenas em 1966, consegue publicar pela primeira vez um de seus diários (com vários cortes e os nomes de algumas pessoas retirados - como o do seu marido). O que parecia ser uma jornada solitária encontra eco. Com o crescimento do Movimento Feminista (embora discordando de diversos pontos chaves deste), Anaïs é convidada a palestrar para mulheres deste movimento, a escrever em revistas importantes, a discursar em Universidades, em centros de psicanálise, a dar entrevistas e a gravar programas com sua história. Tornou-se famosa pela publicação de diários pessoais, que medem um período de sessenta anos, começando quando tinha onze anos. Foi amante de Henry Miller e só permitiu que seus diários sem expurgos fossem publicados após a morte de seu marido Hugh Guiler. Deixando essa incumbência ao seu segundo marido, Rupert Pole (16 anos mais jovem que ela). Seu Diário é considerado hoje um dos documentos de maior importância literária, psicanalítica e antropológica do século XX. Ele mostra, intimamente, o amadurecimento emocional de uma mulher ocidental que vive seus anseios e luta por sua emancipação, na Paris e Nova York de, entre e durante, as grandes guerras. Os seus romances e narrativas, impregnados de conteúdo erótico foram profundamente influenciados pela obra de James Joyce e a psicanálise. Dentre suas obras destaca-se "Delta de Vênus" (1977), traduzido para todas as línguas ocidentais, aclamado pela crítica americana e europeia. O filme cinematográfico "Henry & June" (1990), dirigido por Philip Kaufman, versou sobre o período em que Anaïs Nin, interpretada pela atriz portuguesa Maria de Medeiros, conheceu Henry Miller. A autora faleceu em 14 de janeiro de 1977, em Los Angeles, Estados Unidos, vítima de câncer e o seu sepultamento foi no mar.
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Abraços
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Interações (meus agradecimentos):
07/01/2022 15:59 - Cleir
Fomos dois apaixonados
Cujo tempo desgastou
Valeu o tempo passado
Quando o amor atuou
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07/01/2022 17:42 - Maria de Fatima Delfina de Moraes
Após nossos tantos embates
o amor desgastou a paixão
a vida só renasce
se descartamos a desilusão.
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07/01/2022 20:25 - Mara Cardozo
Estamos empurrando o amor
Perdemos nossa cumplicidade
Com o coração cheio de dor
Por não podermos nos amar de verdade.
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07/01/2022 21:31 - Uma Mulher Um Poema
Paixão que chega de mansinho,
Espalhando-se dentro da alma,
Como um tornado infinito,
Vai deixando suas marcas.
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10/01/22 11:27 - Antônio Souza
Paixão é algo imprevisível
Às vezes até não se deseja
Mas o coração acha possível
Sofrer é o que não se almeja.
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10/01/22 18:01 - Solano Brum
Amei-te com lealdade
Mas não foste tão somente minha!
E eis que, ao meu lado caminha
Essa infinita saudade!
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