MANIA DE POETA
MANIA DE POETA
Vejo no rosto da poesia,
a leve carícia do vento;
sinto tamanha alegria,
por a sentir bem atento.
Ouço-lhe a voz delicada;
diz-me com hálito de flor,
que a brisa já foge calada;
o tempo a leva com amor.
O poema afaga a poesia;
da face, os versos fluem;
entre ambos a harmonia;
as razões não se excluem.
Vejo na cara da poesia,
um novo afago do vento;
não perde o poeta a mania;
cria o poema sem lamento.
Adilson Fontoura