CORDA BAMBA DO AMOR.

Lembra aos domingos

quando jogávamos bola,

a chuva caia,e os pingos

molhava sua alva camisola.

Você não desistia de ver

seu craque em total ação,

eu chegava a perceber,

o grito do seu coração.

Você me jogava um beijo,

eu, o matava no peito,

respondia o teu desejo,

de ti tê-la em meu leito.

Lembra-te daquele dia,

que fiz um gol para você,

e então em louca euforia

me gritou, vai meu bebê.

Depois do jogo vencido,

por placar de quatro a zero,

falei coisas em teu ouvido,

te levando ao adultério.

Teu amor corria o mundo,

você louca corria em mim,

com aquele olhar fecundo,

e teu cheiro de flor jasmim.

Eu navegava em águas rasas,

fazíamos uma onda gigante

teu rosto lindo virava brasas,

com meu amor aconchegante.

Depois de farta caminhada,

por vasto jardim colossal,

terminávamos a empreitada,

que a igreja via como um mal.

volta então para casa,

espera seu amor voltar,

eu batia minha veloz asa,

para pousar em outro lugar.

Eu era um pássaro errante,

você uma pomba inquieta,

e no seu coração pulsante,

eu era sua preferida dieta.

Um dia em noite escura,

decidi bater em sua janela,

você veio bela e pura,

e segurou em minha lapela.

Pulou, caiu em meus braços,

como uma pluma vido do céu,

nos envolvemos em abraços,

depois partimos ao léu,

Aonde íamos então,

os dois corações amantes,

viver em louca paixão,

eternamente ou por instantes?

Que nada, vivemos, amamos,

fizemos o bom papel de ator,

até hoje presos nos encontramos,

na corda bamba do amor...

Divino Ângelo Rola
Enviado por Divino Ângelo Rola em 28/03/2021
Código do texto: T7217874
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