"RESQUÍCIOS
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Não quero esquecer a saudade,
Que ainda eu tenho de você,
Porque o seu amor na verdade,
Eu quero muito voltar a ter.
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N.A
.: As "QUADRAS PERFILADAS" serão publicadas paulatinamente sem o compromisso de datas fixadas e seguirão o mesmo entendimento das "TROVAS DO DIA", meu projeto literário encerrado em 10/10/2020". Ou seja: com o mesmo "layout" nas homenagens biográficas de personalidades da literatura mundial e brasileira, além de autores de outros campos e lados artísticos. As quadras são pequenos poemas formados por uma estrofe de quatro versos rimados ou não, mas geralmente rimando o segundo com o quarto. Diferentemente das trovas que foram opcionalmente tituladas por mim, as quadras também serão apresentadas com títulos livres, mas permitidos pelas regras no presente caso. Esse novo trabalho começará sequencialmente com o
número um em romanos, mas sem a necessidade do compromisso diário em suas postagens. As publicações serão de acordo com o meu momento de criação, sempre acompanhadas da biografia e do pensamento do personagem homenageado. Isso será exposto logo após estes esclarecimentos, como vemos a seguir:

QUADRA PERFILADA (XXXI) HOMENAGEADO:

Z
TOUSSAINT LOUVERTURE (1743/1803)


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UM DE SEUS PENSAMENTOS:
"Todos os cidadãos, de ora em diante, serão conhecidos pela denominação genérica de negros."

SEU PERFIL BIOGRÁFICO:
François-Dominique Toussaint L'Ouverture foi um revolucionário haitiano natural de Forte de Joux, La Cluse-et-Mijoux, Doubs). Foi o maior líder da Revolução Haitiana e, em seguida, governador de Saint Domingue, o nome do Haiti na época. L'Ouverture é o maior revolucionário negro das Américas, o qual é reconhecido por pesquisadores como o maior comandante, depois de Napoleão Bonaparte no período de 1793 a 1814. Ele carregava consigo conhecimentos e estratégias, honrado com uma personalidade de guerrilheiro e capaz de em palavras simples aumentar cada vez mais um exército. Sendo assim, organizou na ilha de Saint Domingue com cerca de meio milhão de escravizados, a chamada Revolução do Haiti, aonde mesmo depois de sua morte o seu legado continuou, dando vigor para a construção de um novo território, dotado de liberdade e igualdade. O seu legado tem imperado até os dias atuais. Encontramos espalhados pelo mundo estátuas em sua homenagem, um hospital já levou o seu nome e filmes sobre ele. L'Ouverture veio de uma família africana, o seu avô era um pequeno chefe em África e o pai após ser aprisionado em uma guerra foi vendido como escravo, jogado a um navio negreiro que chegou às Américas. O escravista que o comprou percebeu uma capacidade fora do comum nesse africano e mesmo não sendo comum entre os colonistas, deu certos privilégios, como uma pequena liberdade. Deu para ele cinco escravizados para o ajudar nas suas plantações. Dentro da plantation Bredá, Hippolyte tornou-se cristão e casou-se com uma mulher, a qual é apresentada pelos estudiosos como "além de bonita, também uma boa pessoa". O casal teve oito filhos e Toussaint era o mais velho. Toussaint L'Ouverture foi criado na plantation de Bredá. Perto da casa grande havia um senhor negro, Pierre Baptiste, dotado de conhecimentos e reconhecido pela sua integridade. O velho Pierre tornou-se padrinho de Toussaint, e o passou as suas sabedorias. A maioria dos pretos da colônia não tinham a oportunidade de estudar, os estudos eram posto fora de suas vidas, sabiam então, além de sua língua materna o créole, o que irão chamar de baixo francês, mas Pierre, o negro conhecedor irá ensinar para o apadrinhado entre outras coisas, o francês, um pouco de latim e geometria. Aprendeu desenho, a cuidar dos rebanhos e das manadas, tendo esses dois últimos como suas primeiras ocupações. O seu pai, como era africano, tinha diversos conhecimentos medicinais, como os povos africanos carregam até hoje. Ele passou para seu filho o conhecimento dessas ervas medicinais, o que irá contribuir para ser mais tarde o cocheiro de seu senhor e no período da revolução cuidar dos combatentes. Por fim, foi designado administrador de todos os bens vivos da fazenda e negro livre. A revolução para independência do Haiti iniciou-se em 1791, tendo á frente o líder negro Toussaint Louverture e, como pano de fundo, os incêndios nos canaviais. Em 1794, quando o governo aboliu a escravidão nas colônias, os haitianos já tinham conquistado sua liberdade. Toussaint, porém, manteve a região ligada à federação francesa. Em 1801, o líder haitiano libertou os escravos da porção espanhola da ilha (a atual República Dominicana). A característica peculiar do processo de independência do Haiti foi a participação maciça dos negros, que defendiam a liberdade, a igualdade e o direito à propriedade de terras. Toussaint em pouco tempo era conhecido pelos negros, apresentava um exército com ótimo treinamento e dialogava com todos os negros e mulatos, os quilombolas que já viviam nas montanhas sem a interferência de um senhor, se juntavam cada vez mais ao exército do líder. L'Ouverture era correto e prudente nas suas decisões, conduzia até as suas terras os melhores combatentes para treinar seu exército, mesmo que brancos ou espanhóis, recrutavam-os para o aperfeiçoamento. E os resultados eram visíveis, a qualidade aumentava cada vez mais e o território ao seu domínio também. A território em que situava-se expandia mais e mais, tanto para o norte, quanto para o sul, mesmo ele estando de baixo das ordens do dono da fazenda, o mesmo estava muito longe e por não saber como estava as coisas na colônia ficava sob total controle de Toussaint. Mesmo com protestos de proprietários, seu território e exército só crescia. A revolução, no entanto, não agradou Napoleão, já que a libertação dos escravos diminuiu os lucros com o que era outrora a mais lucrativa colônia francesa. O Imperador francês enviou para a colônia seu cunhado, Charles Leclerc, com a intenção declarada de depôr Louverture e com a intenção secreta de restaurar a escravidão na ilha. Leclerc consegue apoio de pessoas próximas de Toussaint e por fim consegue que o auto-declarado governador do hoje Haiti, assine um acordo em 7 de maio de 1802 no qual, a escravidão continua sendo proibida. Toussaint Louverture então se ausenta para uma fazenda que, depois de três semanas é atacada por tropas de Leclerc. Toussaint e sua família são enviados para a França e aprisionados. Na prisão, em 1803, Louverture falece de pneumonia depois do inverno rigoroso da Europa, é enterrado sem caixão em uma caverna debaixo da capela da prisão. Na ilha, o desaparecimento de Toussaint não leva à calma. A situação das tropas francesas vai piorando e a febre - mais do que a guerrilha - provoca baixas terríveis no corpo expedicionário. A aliança dos chefes negros acelera o desastre das tropas francesas que acabam por capitular no dia 19 de novembro em Vertieres, deixando Santo Domingo para sempre. A sua morte provocou a união dos negros e mulatos. Os chefes negros substituem o nome de Santo Domingo pelo nome caribenho de Haiti e, no dia 29 de novembro 1803, em nome dos negros e homens de cor, é proclamada a independência de Santo Domingo. Devolvidos a nossa liberdade primitiva, asseguramos nós mesmos nossos direitos, juramos de não obedecer à nenhuma força da Terra… ». A independência acontece no dia 1 de Janeiro 1804, a qual não é reconhecida a princípio pelas potências externas. Assim nasceram: a primeira e única insurreição vitoriosa de escravos; a primeira colônia indígena independente e a primeira República Negra da Historia da humanidade. Como celebrou Aimé Césaire, foi no Haiti onde « pela primeira vez, a negritude se pôs em pé ». Toussaint Louverture não viu se cumprir este glorioso fim. Foi o vencedor póstumo. Debilitado pela enfermidade e isolado na sua cela em Joux, morreu no dia 7 de abril 1803.
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Abraços
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Interações (meus agradecimentos):

07/02/21 11:42 - Maria Augusta da Silva Caliari
O verdadeiro amor não é aquele
que se alimenta de carinho e beijos
mas, aquele que suporta a renúncia e
consegue viver na saudade! 
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07/02/21 18:45 - Antônio Souza
Garota a quem meus dias dediquei 

Trago guardado em minha lembrança
Os lindos dias que contigo passei
Te amar de novo é minha esperança. 
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09/02/21 00:28 - Joselita Alves Lins
Não espere reconciliação,
Será impossível acontecer.
As que tentamos foram em vão,
Só me fizeram sofrer.
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09/02/21 20:57 - Uma Mulher Um Poema

Eu estou presa a você,
Nesse amor tão bonito
Jamais vou te esquecer,
Em tudo que construímos. 
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11/02/21 20:49 - Norma Aparecida Silveira Moraes
A saudade bate no peito
coração está a sangrar
As lágrimas caem no leito
E vai o travesseiro molhar.
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POETA OLAVO
Enviado por POETA OLAVO em 06/02/2021
Reeditado em 11/02/2021
Código do texto: T7177549
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