"PRELÚDIO"
Em noite de lua instigante,
Laçando amor de verdade,
Ela se tornou minha amante,
Ao entregar sua virgindade.
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XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX Em noite de lua instigante,
Laçando amor de verdade,
Ela se tornou minha amante,
Ao entregar sua virgindade.
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N.A.: As "QUADRAS PERFILADAS" serão publicadas paulatinamente sem o compromisso de datas fixadas e seguirão o mesmo entendimento das "TROVAS DO DIA", meu projeto literário encerrado em 10/10/2020". Ou seja: com o mesmo "layout" nas homenagens biográficas de personalidades da literatura mundial e brasileira, além de autores de outros campos e lados artísticos. As quadras são pequenos poemas formados por uma estrofe de quatro versos rimados ou não, mas geralmente rimando o segundo com o quarto. Diferentemente das trovas que foram opcionalmente tituladas por mim, as quadras também serão apresentadas com títulos livres, mas permitidos pelas regras no presente caso. Esse novo trabalho começará sequencialmente com o número um em romanos, mas sem a necessidade do compromisso diário em suas postagens. As publicações serão de acordo com o meu momento de criação, sempre acompanhadas da biografia e do pensamento do personagem homenageado. Isso será exposto logo após estes esclarecimentos, como vemos a seguir:
QUADRA PERFILADA (XIV) HOMENAGEADA:
MARIELLE FRANCO (1979/2018)
MARIELLE FRANCO (1979/2018)
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UM DE SEUS PENSAMENTOS:
"Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra aos pobres acabe?"
SEU PERFIL BIOGRÁFICO:
Marielle Francisco da Silva, conhecida como Marielle Franco, foi uma socióloga e política brasileira natural do Rio de Janeiro (RJ). Filiada ao Partido Socialismo e Liberdade, elegeu-se vereadora do Rio de Janeiro para a Legislatura 2017-2020, durante a eleição municipal de 2016, com a quinta maior votação. Marielle defendia o feminismo, os direitos humanos, e criticava a intervenção federal no Rio de Janeiro e a Polícia Militar, tendo denunciado vários casos de abuso de autoridade por parte de policiais contra moradores de comunidades carentes. Em 14 de março de 2018, foi assassinada a tiros junto de seu motorista, Anderson Pedro Mathias Gomes, no Estácio, Região Central do Rio de Janeiro. Marielle Franco era filha de Marinete Francisco e Antonio da Silva Neto. Com criação católica, nasceu e cresceu em uma favela do Complexo da Maré, no subúrbio carioca, e se apresentava com orgulho como "cria da Maré". Em 1990, aos 11 anos de idade, começou a trabalhar junto dos pais como camelô, juntando dinheiro para ajudar a pagar seus estudos. Aos dezoito anos deixou a função de vendedora ambulante e começou a exercer a função de educadora infantil em uma creche, onde ficou por dois anos. Na adolescência, dos 14 aos 17, foi dançarina da equipe de funk Furacão 2000. Assumidamente bissexual, em 1998 estava casada com seu primeiro namorado, e neste ano deu à luz a sua primeira e única filha, Luyara. Naquele mesmo ano, matriculou-se na primeira turma de pré-vestibular comunitário oferecido aos jovens das favelas do Complexo da Maré. Em 2000, começou a militar pelos direitos humanos, depois de uma de suas amigas ser atingida fatalmente por uma troca de tiros entre policiais e traficantes na Maré. Em 2002, separou-se de seu marido e ingressou na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, graduando-se em Ciências Sociais com uma bolsa de estudos integral obtida pelo Programa Universidade para Todos (Prouni). Após se graduar em Ciências Sociais, concluiu um mestrado em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF), onde defendeu a dissertação intitulada "UPP - A redução da favela a três letras: uma análise da política de segurança pública do Estado do Rio de Janeiro". Em 2004, Franco, que militava pelas causas da comunidade LGBT, iniciou um relacionamento amoroso com Mônica Benício. Em 2017, o casal decidiu passar a morar junto no bairro da Tijuca junto com Luyara, a filha de Marielle. O casamento delas estava marcado para o final de 2018. Na eleição estadual carioca de 2006, Franco integrou a equipe de campanha que elegeu Marcelo Freixo à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ). Com a posse de Freixo, foi nomeada assessora parlamentar do deputado, trabalhando com ele por dez anos. Franco assumiu a coordenação da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e, nesta posição, prestou auxílio jurídico e psicológico a familiares de vítimas de homicídios ou policiais vitimados. Um dos casos que ela ajudou a solucionar foi o de um policial civil assassinado por um colega. De acordo com um ex-comandante da Polícia Militar que trocava informações com Franco sobre policiais mortos, "É uma bobagem dizer que não defendia policiais". Em 2016, na sua primeira disputa eleitoral, foi eleita vereadora na capital fluminense pela coligação Mudar é possível, formada pelo PSOL e pelo PCB. Com mais de 46 mil votos, foi a quinta candidata mais votada no município e a segunda mulher mais votada ao cargo de vereadora em todo o país, atrás apenas de Rosa Fernandes. Na Câmara Municipal, presidiu a Comissão de Defesa da Mulher e integrou uma comissão composta por quatro pessoas, cujo objetivo era monitorar a intervenção federal no Rio de Janeiro, sendo escolhida como sua relatora em 28 de fevereiro de 2018. Era crítica da intervenção federal, assim como criticava e denunciava constantemente abusos policiais e violações aos direitos humanos. Como vereadora, Franco também trabalhou na coleta de dados sobre a violência contra as mulheres, pela garantia do aborto nos casos previstos por lei e pelo aumento na participação feminina na política. Em pouco mais de um ano, redigiu e firmou dezesseis projetos de lei, dois dos quais foram aprovados: um que regulou o serviço de mototáxi e a Lei das Casas de Parto, visando a construção desses espaços cujo objetivo era fornecer a realização de partos normais. Suas proposições legislativas buscavam garantir apoio aos direitos das mulheres, à população LGBT, aos negros e moradores de favelas. Em agosto de 2017, os vereadores cariocas rejeitaram, por 19 a 17, sua proposta para incluir o Dia da Visibilidade Lésbica no calendário municipal. Franco foi executada com três tiros na cabeça e um no pescoço, por volta das 21h30min de 14 de março de 2018, quando também foi assassinado Anderson Pedro Mathias Gomes, motorista do veículo em que a vereadora se encontrava. A principal linha de investigação das autoridades competentes é que seu assassinato se tratou de uma execução, embora não descartem outros potenciais motivos. No entanto, segundo investigações a respeito da direção dos tiros e sobre o fato de haver um outro carro dando possível cobertura aos atiradores, a hipótese de um crime premeditado se fortalece. De acordo com a Human Rights Watch, o assassinato dela relacionou-se à "impunidade existente no Rio de Janeiro" e ao "sistema de segurança falido" do estado. Após ser velado na Câmara Municipal carioca, com a presença de milhares de pessoas, o corpo de Franco foi enterrado em 15 de março, no Cemitério São Francisco Xavier, no Rio de Janeiro. O assassinato dela motivou reações nacionais e internacionais, como a organização de diversos protestos em todo o território brasileiro e oposição de parte dos eurodeputados à negociação econômica entre União Europeia e Mercosul. O Presidente da República, Michel Temer, afirmou que o crime era "inaceitável" e que "não ficaria impune", enquanto a Câmara dos Deputados realizou sessão solene em sua homenagem, bem como todos os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) proferiram discursos de pesar. De outro lado, figuras públicas ligadas à direita brasileira, como os jornalistas Reinaldo Azevedo e Augusto Nunes, acusaram a esquerda de explorar politicamente o assassinato de Marielle. Em Salvador, durante o Fórum Social Mundial, Dilma Roussef chegou a afirmar que o assassinato "fez parte de um dos atos deste golpe que desencadearam no Brasil". Em acréscimo, pessoas e grupos representativos da direita, como o Movimento Brasil Livre e o deputado Alberto Fraga (DEM), publicaram mensagens nas redes sociais manifestando dúvidas sobre a idoneidade moral da vereadora, tais como uma alegada ligação com traficantes. Nas semanas seguintes, o poder judiciário, por meio de sentenças proferidas por magistrados distintos, determinou a remoção de publicações contendo conteúdo calunioso ou falso sobre Franco no Facebook e no YouTube. Em julho de 2018, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro aprovou a Lei 8054/2018 que consolidou 14 de março ao Calendário Oficial do Estado do Rio de Janeiro como o "Dia Marielle Franco – Dia de Luta contra o genocídio da Mulher Negra". Em agosto de 2018 a polícia passou a investigar o possível envolvimento da milícia chamada Escritório do Crime no caso. Em 12 de março de 2019, a Polícia Civil prendeu um ex-policial militar e um policial militar reformado acusados de terem assassinado a vereadora e seu motorista. De acordo com a Polícia, o policial reformado Ronnie Lessa atirou contra a vereadora e o ex-militar Élcio Vieira de Queiroz dirigia o carro que perseguia Marielle. Foi agraciada, in memoriam, pelo Congresso Nacional do Brasil em março de 2019 com o Diploma Bertha Lutz, concedidos a mulheres que tenham oferecido relevante contribuição na defesa dos direitos da mulher e questões do gênero no Brasil. O Instituto Marielle Franco foi criado pela família de Marielle, com o intuito de buscar justiça sobre o caso, além de defender a memória da vereadora e articular a formação política para mulheres, população negra e favelada. Anielle Franco, irmã de Marielle, é diretora do Instituto. Durante o mês de março de 2020, o Instituto Marielle Franco organizou diversas atividades para lembrar os dois anos do Assassinato de Marielle Franco e incentivou a manifestação de ações espontâneas e coletivas. Ao todo foram 270 atividades cadastradas. Uma delas foi em parceria com a Anistia Internacional. Por meio de um financiamento coletivo, foi possível o funcionamento da Casa Marielle, um espaço de formação política e atividades culturais. O espaço foi localizado no Largo de São Francisco da Prainha, região portuária do Rio de Janeiro. Com a pandemia do Coronavírus as atividades foram finalizadas em 12 de março.
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Abraços
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Interações (meus agradecimentos):
03/12/20 16:10 - LuisaZacarias
Ser criativo em obra poética
Ser e não ser eis a questão!
Criatividade em linha óptica,
Assim anoto minha visão.
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03/12/20 22:55 - Uma Mulher Um Poema
A lua prateada desponta no céu,
Observa o nosso beijo doce,
Ilumina os teus olhos cor de mel,
É nossa cúmplice nesta noite!
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08/12/20 19:38 - Joselita Alves Lins
Lua plena de luz banhada,
Induzindo amantes às paixões.
E eu, em noites estreladas,
De ti a lembrar-me, entre vinhos e canções.
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