"ARROUBOS 
Fotógrafo relembra ensaio de Alessandra Negrini nua 20 anos atrás - Verso -  Diário do Nordeste
 Seus versos quero declamar,
Pra seu poema entender,
Seu corpo quero desnudar,
Para melhor te conhecer.
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N.A.: As "QUADRAS PERFILADAS" serão publicadas paulatinamente sem o compromisso de datas fixadas e seguirão o mesmo entendimento das "TROVAS DO DIA",  meu projeto literário encerrado em 10/10/2020". Ou seja: com o mesmo "layout" nas homenagens biográficas de personalidades da literatura mundial e brasileira, além de autores de outros campos e lados artísticos. As quadras são pequenos poemas formados por uma estrofe de quatro versos rimados ou não, mas geralmente rimando o segundo com o quarto. Diferentemente das trovas que foram opcionalmente tituladas por mim, as quadras também serão apresentadas com títulos livres, mas permitidos pelas regras no presente caso. Esse novo trabalho começará sequencialmente com o número um em romanos, mas sem a necessidade do compromisso diário em suas postagens. As publicações serão de acordo com o meu momento de criação e exposição, sempre acompanhadas da biografia e do pensamento do personagem homenageado. Isso será exposto logo após estes esclarecimentos, como vemos a seguir:  
 
QUADRA PERFILADA (II) HOMENAGEADA: 
Adalzira Bittencourt (1904/1976)

As mulheres do Brasil e a ficção especulativa | by Jéssica Reinaldo |  Escotilha NS | Medium
UM DE SEUS PENSAMENTOS:
“O meu livro pode até ser esquisito de manjar, mas que cada leitor encontre nele um bocado a seu sabor.”
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SEU FERFIL BIOGRÁFICO:
Adalzira Cavalcanti de Albuquerque Bittencourt Ferrara foi uma escritora, poeta e advogada brasileira natural de (Bragança Paulista (SP). Foi uma das primeiras a escrever sobre a importância da mulher brasileira na literatura. Passou sua vida inteira dedicando-se a escrever sobre a capacidade das mulheres em realizarem ações e feitos grandiosos e desafiadores em meio à sociedade machista. Logo em sua adolescência, Adalzira foi fundadora, diretora e redatora do jornal Miosótis, em Piracicaba (SP). Ainda jovem, ela mudou-se para a capital paulista, lugar onde iniciou seus estudos. Desde a infância, ela é atraída pela poesia, mas foi apenas por volta dos 15 anos que ela começou a ter seus primeiros poemas publicados na imprensa mineira e paulista. Começou a lançar livros de poesia em 1919. Seu primeiro poema publicado foi Mal-me-quer, que contou com o prefácio escrito por Vicente de Carvalho. Em 1927, formou-se em Direito pela Universidade de São Paulo (USP), sendo a única mulher de sua turma. Fez cursos de aperfeiçoamento na Europa (estudou Sociologia na Itália e Direito Internacional na Holanda) e foi professora universitária em Buenos Aires (Argentina). Além disso, como militante da divulgação e propagação da poesia brasileira, ela realizou conferências sobre literatura brasileira no Brasil e também no exterior (Estados Unidos, México e Argentina). Enquanto morou em Buenos Aires, ela promoveu a "Hora da poesia brasileira" na Associação Cultural Argentina-Brasileira Júlia Lopes de Almeida. Além disso, foi redatora do jornal internacional La Jeunesse et La Paix Du Monde. Em 1932, fundou uma escola para menores abandonados e a liga infantil Pró-Paz, considerada a primeira organização pacifista do Brasil. Interessada por aspectos educacionais, Adalzira fundou uma escola destinada especificamente para menores abandonados, uma questão que a preocupava muito. E que, inclusive, foi enfatizada no seu memorialístico Trinta e Sete Dias em Nova York. No qual ela revela que tinha ideias de como lidar com essa questão: fundando uma escola que oferecesse educação específica para eles. Nas Letras, Adalzira foi membro-fundador da Academia Feminista de Letras, no Rio de Janeiro, sendo aclamada sua primeira presidente. Em 1943, Adalzira organizou a Primeira Exposição do Livro Feminino no Rio de Janeiro e participou do 3º Congresso da Raça, promovido pela Sociedade Brasileira de Urologia. Em 1949, realizou o mesmo evento em São Paulo. Foi membro da Academia de Letras das Três Fronteiras, da Academia Guanabarina de Letras, do Pen (Poetry, Essay and Novel, isto é, Poesia, Ensaio e Romance) Clube do Brasil, da União Brasileira de Escritores, e de outras entidades culturais, nacionais e estrangeiras. Mais tarde, em 1951, ela também fundou o jornal Mensageiro do Lar das Crianças, no Rio de Janeiro. Anteriormente, já havia sido redatora do jornal internacional La Jeunesse et La Paix Du Monde, além de fundar e dirigir o periódico O Miosótis, em São Paulo. Ainda na área da Educação, criou o Clube Cruz Verde, no Rio de Janeiro, com o propósito de ensinar a juventude a amar e respeitar a natureza, em uma antecipação das recentes preocupações ambientalistas. Como escritora, publicou contos, romances, novelas, poemas, muitos deles traduzidos para o espanhol ou alemão. Sob o pseudônimo de Alba Maguary, também contribuiu em jornais e revistas brasileiras. Sua extensa obra permaneceu praticamente desconhecida, até que, na década de 1990, grupos de estudos feministas em universidades brasileiras começaram a utilizá-la como base. Em 1929, publicou o seu primeiro romance: Sua Excelência: a Presidente da República no Ano 2500, no qual o feminismo venceu e libertou o país das calamidades causadas pelos homens. Dentre suas importantes produções literárias sobre a mulher brasileira, destacam-se Mulheres e livros (1948), A mulher paulista na história (1954). Seu projeto de maior fôlego foi o Dicionário bibliográfico de mulheres ilustres, notáveis e intelectuais do Brasil (1969), obra que pretendia catalogar todas as mulheres de destaque no país. Adalzira publicou três volumes do Dicionário (correspondentes às letras A e B), mas a obra ficou inacabada devido à sua morte em 1976. Mesmo não havendo registros de envolvimento direto de Adalzira nas lutas sociais das mulheres no século XX - com o movimento organizado de mulheres da década de 1930, engajado na luta sufragista, ou no pós-1945, participando dos embates pela afirmação da cidadania feminina -, ela representou o feminismo em seu trabalho em prol da valorização da história feminina. Valores e posicionamentos, como supernacionalismo, autoritarismo e fanatismo, presentes na obra Sua Excelência: a Presidente da República no Ano 2500, fazem parte da posição da autora. Como membro de várias comissões governamentais durante a ditadura de Getúlio Vargas, Adalzira participou de decisões políticas referentes a exames médicos pré-nupciais, aborto, eutanásia e esterilização involuntária. Militante do Partido Republicano Feminino, que se apoiava predominantemente no ideário de Auguste Comte, o qual valorizava a mulher como moralmente superior ao homem e verdadeira base da nação, como esposa e educadora dos futuros cidadãos do mundo. Adalzira fez parte da primeira onda de feminismo brasileiro. Em determinado momento, ela defende o seu próprio conceito de feminismo: feminismo brasileiro. Não o feminismo importado, mas, sim, o feminismo latino. É colocar a mulher no seu lugar. Ela deve saber ensinar o caminho reto do dever, a aplicação de patrimônios, a honestidade e a justiça aos seus filhos.
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Abraços
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Interações (meus agradecimentos):

20/10/20 16:00 - Uma Mulher Um Poema
Sem arroubos de eloquência,
Meus versos exaltam teu olhar,
Dizendo tudo com transparência,
Nas poesias que declamo à luz do luar. 
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22/10/20 05:12 - Joselita Alves Lins
Nas rimas dos versos meus,
Irei sempre te exaltar.
Para que o brilho dos olhos teus
Não deixe de me iluminar. 
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POETA OLAVO
Enviado por POETA OLAVO em 18/10/2020
Reeditado em 22/10/2020
Código do texto: T7090288
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