NECESSIDADE
Numa ilha isolada, encantado ouro.
Ninguém lá havia, a não ser João.
Tão bonito e pesado era o tesouro,
E com ninguém dividia a sua emoção.
A ilha era separada de tudo
Ninguém sabia da sua existência
E João parecia sortudo,
Mas a sua alma sofria carência.
Então João pensava:
Que vale todo esse ouro,
Se minha solidão não cessava?
De que me vale esse tesouro?
Não tinha quem visse
Não havia quem comprasse
Era como se ele não existisse!
Pensava: e se alguém não me encontrasse?
Perdido na ilha, João e a riqueza.
Sem visitas, sem amor e sem paz.
Um rico/pobre é muita tristeza!
João solitário, pobre rapaz.
Quando iremos nos convencer
De que nosso maior tesouro
É o “ouro” da coletividade que faz vencer.
Precisamos de gente, de amor duradouro.
Ênio Azevedo