ENUMERADAS QUADRAS
1º
O prisma pelo qual vejo o mundo
Tem toque profundo do coração.
Onde muitos não veem a fundo
Vejo mudança de uma nova nação.
2º
Enquanto o mesmo ponto se observa
Eu o vejo com o doce desejo de solução
Outros veem com base forte de reserva
E ainda outros com muitas dores no coração.
3º
Eu sou “olhares”, sou “corações”.
Sou os “peitos” que ardem,
Não sou quem escreve, sou multidões.
Sou “pontos de vista” que não se perdem.
4º
Olhamos por ângulos distintos.
Enquanto agem os olhos da razão,
Outros olhos trabalham por instintos.
Acertos ou erros, canais da vazão.
5º
Distintas visões. Isso é bom!
Eu vejo vida, tu vês morte;
Eu vejo bom senso, tu vês sorte.
E assim vivemos cada um num tom.
6º
Podemos interpretar um “pesadelo”.
No mesmo cenário e na mesma emoção,
Tu percebes desastres, eu um modelo.
Tu vês um problema, e eu solução.
7º
Parecemos, portanto, diferentes...
Mas na essência não há distinção.
Só que muitos parecem descrentes
E outros mesclam a razão e o coração.
Ênio Azevedo