Alma pobre! Pobre alma!

Tenebroso vazio

No íntimo se instala

Num calabouço sombrio

A alma está enclausurada

Imenso medo e frio

Corroem o interior da alma

Igual também o desvario

Que a mantém acorrentada

É tudo sem sentido

Almas aprisionadas

Mudos os choros e gritos

De sombras desnorteadas

Não vislumbram refúgio

Nem abrigo, nem estrada

Separadas estão do ser

De sua essência arrancadas

Por seres insanos, reprimidos

A vida na cova é lançada

O homem louco, sozinho

Sem vida, a alma condenada

Instala-se no mundo o caos

O império insano do nada

Vírus, poder,morte, desvario

A alma, no calabouço, encarcerada