Sargaços
O mar é um deus impiedoso nas vitorias;
rumina o vencido, sem pressa, no fundo
e, em cada onda, alquebra uma estória
sempre que o tempo se pinta de chumbo...
As vagas que o vento sopra seguem radiante
afogando as nuvens que alagam o mar...
O horizonte, soçobrando, geme avante
escondendo a luta do marujo, filho do mar...
Não há como navegar, nem melhor vento...
O mar assobia uma canção do tempo,
enquanto tudo anoitece em pleno dia,
por dias, na tempestade que Netuno urdia...
O marinheiro não se queda à fúria nefasta...
Luta, resiste, faz uma prece, de olho no cais;
Netuno, guerreiro, respeita o outro, se afasta,
clareia os quadrantes e celebra a Paz...
O mar é um deus impiedoso nas vitorias;
rumina o vencido, sem pressa, no fundo
e, em cada onda, alquebra uma estória
sempre que o tempo se pinta de chumbo...
As vagas que o vento sopra seguem radiante
afogando as nuvens que alagam o mar...
O horizonte, soçobrando, geme avante
escondendo a luta do marujo, filho do mar...
Não há como navegar, nem melhor vento...
O mar assobia uma canção do tempo,
enquanto tudo anoitece em pleno dia,
por dias, na tempestade que Netuno urdia...
O marinheiro não se queda à fúria nefasta...
Luta, resiste, faz uma prece, de olho no cais;
Netuno, guerreiro, respeita o outro, se afasta,
clareia os quadrantes e celebra a Paz...