POESIA
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A noite fria e a gente se vai,
aquecer. E o Mundo lá fora,
Como toda a gente ali mora,
E o vento grita o seu ai.
Coitado de mim,ninguém me deixe,
Nesta Solidão, vivendo triste e só,
E um pescador vai pescar um peixe,
Enquanto um rio está cheio de pó.
E um professor está a ensinar...
A todos nós. E o sol amolecido,
Vai caindo nas nuvens perdido,
E os politicos não sabem se comportar.
A chuva chora nervosa devagarinho,
E as casas coitadas revoltadas
Como mansos são os passarinhos,
Nos telhados das casas endoidadas.
O comércio está a ficar doente,
Pois a vida está cada vez pior....
E anda toda a gente descontente,
Enquanto a Burguesia na maior.
A neve triste abraça com os seus braços,
A Natureza mortae cheia de muito sono,
E o Sol teimoso com seus lindos traços,
Beija a terra que é do seu belo dono.
Lá fora uma criança chora...
Passam pássaros no nosso ar,
E todo o Mundo se foi embora,
E a vida só nos dá muito azar.
A indústria aos poucos está a mrrer,
E o Povo vai votando muito enganado,
Enquanto a Sociedade nos faz sofrer,
Os Partidos estão a mentr. É escsado.
O Pais não resolve é mesmo nada,
Amdam todos mesmo iludidos...
O que eles são umas canalhadas,
Que nos põem a nós divididos.
FERNANDO RODRIGO MARTINS
LUÍS COSTA
13/11/99