Nuvens esparsas

A morte espreita, errante,
sem qualquer pressa aparente,
atenta para a qualquer instante
levar o sofrimento de frente...

A vida não para em qualquer cais,
nem escolho o melhor rumo;
mas as feridas da vida doem demais,
eu sinto e lamento, mas me arrumo...

O mar é limitado ao meu horizonte...
Mau tempo é ruim, mas limito sua fúria;
me lanço a outros desafios da ponte,
às vezes, com baixas e também injúrias...

A tua luz me encanta e alumia...
O teu olhar se insinua e seduz.
Fecundamos com o amor que havia
e que a ti e a mim reproduz...

O amor é a resposta da vida,
que rumino a cada momento;
mas os erros geram feridas,
se não os evito, lamento!