DESALENTO
FLORILÉGIO II
O meu sonho é um rosto sem navio,
Minha vida é uma âncora sem porto,
O meu sofrimento é um grande rio,
onde me sinto ir num barco morto.
GRANDE é o meu coração como um vitral,
que vai assim cheiinho de ansiedades...
Revoltado me vou de ser origional...
me ser o choro fundo das saudades.
Aqui vivo na vida, sem viver
o choro dos meus dias, neste nada
de sentir estas dores de não sofrer
na tristeza da minha caminhada.
A vida é o que a gente sente!
A vida é como se vê.
o que dói profundamente
e não se sabe porquê.
LUÍS COSTA
10/12/86