Quadrinhas infames
Os adágios, na verdade,
enganam a alma da gente
e depois da tempestade
o que vem é a enchente.
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O contador se supera
No seu exercício findo
Quando, cansado, espera
E vai se prostituindo.
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Restrito ponto de vista
Correndo na sua veia
Aquele cego odeia
O seu inútil oculista.
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Conforme o versículo dez
Do infame documento
Não mude o regulamento
Passando a mão pelos pés.
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Laranjeira pequenina
Carregadinha de flores
Caixa Dois de mil tumores
Dessas aves de rapina.
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Escrevi teu lindo nome
Na palma de minha mão
Para lembrar do tesão
Antes que a idade me embrome.
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De encarnado veste a rosa
Verde e amarelo o imbecil
Gado com febre aftosa
Vergonha do meu Brasil.
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Batatinha quando brota
Se esparrama pelo chão
Essa quadrinha idiota
Dedico ao meu “Eu” anão.
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A roseira desabrocha
Toma conta do jardim
O velhinho meio brocha
Introduz assim-assim...