RefugiArte
A arte no refúgio
Ou o refúgio na arte?
De onde vim, não volto mais.
Agora, sou de qualquer parte.
Não tenho mais fronteiras.
Viajo sem destino.
Parece libertário.
Por vezes só um desatino.
No coração eu sangro.
Na mente eu definho.
Quero um mundo melhor.
Coberto de carinho.
Empatia é para os fracos.
Não se cansam de bradar.
Eles se julgam fortes.
Como posso lhes explicar?
Me diga agora você
Que me olha assim desconfiado.
Como posso explicar
Algo tão inusitado?
A vida é passageira
Não é novidade para ninguém.
Mas a questão mais importante
É saber o que convém.
Não se pode negar abrigo
Muito menos acolhimento.
Que isso seja uma prática
E não apenas um sentimento.
O temor é frequente companheiro
Mas a esperança também.
Vida ainda tenho
Vou para as bandas do além.
Das minhas coisas não abro mão
Vou fazendo a minha arte
À espera que me digam
Chegue mais: vou refugiar-te!!!