RefugiArte

A arte no refúgio

Ou o refúgio na arte?

De onde vim, não volto mais.

Agora, sou de qualquer parte.

Não tenho mais fronteiras.

Viajo sem destino.

Parece libertário.

Por vezes só um desatino.

No coração eu sangro.

Na mente eu definho.

Quero um mundo melhor.

Coberto de carinho.

Empatia é para os fracos.

Não se cansam de bradar.

Eles se julgam fortes.

Como posso lhes explicar?

Me diga agora você

Que me olha assim desconfiado.

Como posso explicar

Algo tão inusitado?

A vida é passageira

Não é novidade para ninguém.

Mas a questão mais importante

É saber o que convém.

Não se pode negar abrigo

Muito menos acolhimento.

Que isso seja uma prática

E não apenas um sentimento.

O temor é frequente companheiro

Mas a esperança também.

Vida ainda tenho

Vou para as bandas do além.

Das minhas coisas não abro mão

Vou fazendo a minha arte

À espera que me digam

Chegue mais: vou refugiar-te!!!

Alberto Lazzaroni
Enviado por Alberto Lazzaroni em 14/09/2019
Reeditado em 27/07/2021
Código do texto: T6744812
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