DESALENTO
DUMA ANTOLOGIA DO N.E.R. P. NÚCLEO DE ESCRITORES PORTUGUESES.
O meu sonho é um rosto sem navio,
Minha vida é uma âncora sem porto,
O meu sofrimento é um grande rio
Onde me sinto ir num barco morto.rer
GRANDE é o meu coração, como um vitral,
Que vai assim cheinho de ansiedades...
Revoltado me vou de ser origional.
Me ser o choro fundo das saiudades...
Aqui vivo na vida, sem viver,
O choro dos meus dias, neste nada,
De sentir estas dores de não sofrer,
Na tristeza da minha caminhada...
A vida é o que a gente sente!
A vida é, como se vê
O que dói profundamente,
E não se sabe porquê.
LUÍS COSTA
10/12/86