SOU O ESTANDARTE DESTE POVO

Sou o estandarte deste Povo,

Numa bandeira desfraldada,

Nesta vitória desta boa vida,

Onde labutas com espanto.

Sou a tua janela do teu quarto,

Onde me vês no parapeito do recanto,

Onde me espalmam as mãos e te levo,

Àquela coluna desta madrugada.

Sou o teu pedaço de vento engaiolado,

Numa desfeita de espuma em sabão,

Que me procuras já mesmo cansado,

Onde me desejas lá ver-me então.

Este Estandarte que te desfaz no obscuro,

Naquela nau da minha descoberta,

Nessa cambraia esfíngica deste inseguro,

Momento que contigo, estou de alerta.

LUÍS COSTA

Domingo, Cinco de outubro de 2014,

TÓLU
Enviado por TÓLU em 24/08/2019
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