UMA GRANDE VERSALHADA

Tu dizes, que eu não trabalho,

Mas a culpa não é minha…

Com tudo é nisto que eu batalho.

Porque tu te julgas uma rainha.

Quem me dera eu poder trabalhar,

Ter dinheiro, independência e Futuro

Ser útil e válido mesmo sem parar…

Mas tu ás vezes és muito duro(1).

Ganhar eu muito e muito dinheiro,

Com o meu esforço e muito trabalho,

Já ninguém me criticava primeiro

Porque no trabalho eu não falho.

E tu, minha mulher, minha

Amiga, eu não tenho culpa de nada

Se tu trabalhas com outras linha

Eu p’ra ti não sei fazer nada.

Bem gostava ser diferente, acredita,

Ser normal, trabalhador, intelectual

ou outro trabalho qualquer

o importante é ser útil a Portugal.

Eu bem queria na vida trabalhar,

Mas preferiam qu’eu tivesse uma Pensão

Como posso eu então mesmo pensar?

Se ninguém me dá nenhuma razão.

LUÍS COSTA

28//2004

TÓLU
Enviado por TÓLU em 26/06/2019
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