Apologia ao Platonicismo
Se eu peso dentro de mim
Todos os meus amores,
Chego a concluir no fim
Que tu és digno de louvores...
Não queria sofrer assim,
Mas te amar é-me o maior dos esplendores,
Eu quero isso sempre, sim!
Pois te amar faz meus dias melhores!
Tu és digno de meu amor carmim,
Mesmo se dele não te deleitares
É-me júbilo mantê-lo e, enfim,
Não me importo com da rejeição as dores.
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Poema do primeiro livro da autoras e professora Laura Lucy Dias, Peripécias do ser:
O que se dizer de poesias juvenis? Escrever no repente de uma revolta organicamente ampliada, psicologicamente prevista e socialmente esperada? O que dizer sobre as experiências iniciais desde a tenra idade até a mais elevada realização pessoal ainda na dita adolescência, que hoje vai até uns vinte e cinco anos?
Acredito que nada deve ser dito. Quem entender o que está escrito, provavelmente teve a oportunidade de ser um adolescente comum de classe média baixa no século XX no Brasil. Ou mesmo depois disso... antes disso fica a retórica: O que se dizer sobre experiências que se vivem na mente e estão agora no mundo da imaginação, e com poucas provas para poder-lhes resguardar a verdade ou a hiperbólica existência?
Eu estou tentando defender nesse prefácio aquilo que se faz neste livro: uma essência jovem e inocente, cheia de dramas e pontos de vistas extremistas. Um pouco exagerado às vezes, um pouco convicto noutras. No total um eu lírico que foca o que sente no momento em que sente, sem um alargar de visão.
É quase um diário de adolescente. Quem não o se considera mais e entender, compreender ou sentir o que se lê, não se sina mal. A adolescência a cada dia acaba mais tarde. Aguardemos novos conceitos.