Eu Não Sou Prosa! Eu Sou Verso... Eu! Eu Sou Poeta!
Pela terceira vez: sou um poeta vencedor
E isso enche-me d'alegria, mas bate na porta...
O pai mal amado, macho escroto, a escória
Que quer o filho tal qual ele, perdedor!
A ti, seu velho imundo, respondo em verso
Que fique com suas terras: herança de bosta
Nada que é teu, seu velho fétido! Eu invejo
Só quero meu verso, meu poema, minha prosa
Fodam-se tuas malditas palavras, desgraça!
Foda-se tua existência, ou melhor: ausência!
Fodam-se tuas desculpas, tuas indisplicências
Deixe-me ir e vá pro aguardado raio que o parta!
Pois se até hoje, em nada fizeste-me falta
Em nada incomoda-me as tuas pobres ameaças;
Assusta-me mais ouvir-te sem falar nada
Do que'ssa insustentável vida rimada
Indago-me sempre que tu estás alcoolizado:
Quantos problemas teriam sido resolvidos
Se num dia qualquer, em qualquer dia de domingo
Tivesses do alto da sacada, despencado.