PELEJA DOR
É nova aurora surgindo,
E eu, mexido, a escrever;
Mas, se queres saber,
Preferia estar dormindo.
Sonhar é viver distante
Do corte que sangra pele;
Quem, sonhando, a carne fere,
Não fere, não obstante.
A noite é tão egoísta,
Desalmada e lancinante,
me tem em luto constante,
quer-me estendido na pista.