NO SERMÃO DO SACERDOTE
No sermão do sacerdote
não se elimina pecados
nem é a través dos dotes
que seremos alforriados.
No sertão onde eu nasci
a caatinga tem marmeleiro
galinhas correm no chão
mas pernoitam em poleiros.
Quem me olha não enxerga
o que trago em meu poder
para este meu sobreviver
já caminhei muitas léguas.
Sou a sombra de um corpo
que nunca me pertenceu
mas foi o que Deus me deu
padeço de desconfortos.
Meu caminho se afunila
quando vejo uma donzela
trancada num seminário
conversando com uma vela.
Com silhuetas marcantes
e um sorriso afetuoso
certas mulheres encantam
fazem os homens orgulhosos.
Quem mama em seios fartos
não precisa de suplementos
quem não entende das artes
tem atrofias na mente.
Não fosse a poesia
o mundo seria insosso
a vida humana um castigo
a longevidade um desgosto.
Não plantei inimizades
neste processo político
mas se alguém se ofendeu
o tempo é quem cuida disto.
Eu não bloqueei ninguém
não sei se fui bloqueado
dedico a minha atenção
a quem me faça um contato.
Lido com as indiferenças
como fosse um ato falho
não vivo de quebra galhos
os fatos tem consequências.
Moro vai para a justiça
e os incômodos são latentes
porque junto com as polícias
vai deter a muita gente.
(Miguel Jacó)
29/11/2018 11:00 - Jacó Filho
Das folhas do marmeleiros,
Já ouvi muitos chiados...
Pois no solo ressecado,
O tapete vem primeiro...
Parabéns! E que Deus nos abençoe e nos ilumine... Sempre...
Para o texto: NO SERMÃO DO SACERDOTE (T6513521)
Boa noite nobre alfaiate das letras Jacó Filho, muito obrigado por esta primorosa interação aos meus pacatos versos, um abraço, MJ.