Sertões
Aos fracos, resignação.
Aos tolos, risos.
A vida, morte
Aos românticos, sonhos
Flores e sonhos...
Vamos plantando.
Espinhos e pedras
Deicando, superando.
Somos mutáveis
implorando por razão
a lua em fases.
Uma eterna construção
Tudo está ainda plácido
caem as folhas do outono
A vida pede primavera.
Não se entregue ao abandono.
Os dias em borborinhos
saltando entre os dedos.
A vida fazendo pipoca.
Entre sonhos e pesadelos.
São dias frios e sombrios
São horas tristes e apressadas.
É o bicho homem fazendo vítimas.
Como loucos desenfreados.
O canto dos pássaros
Na madrugada reluzente
Trazendo vida aos sertões
Brindando paixões ardentes.