EU E ELE: DOIS VIZINHOS
Onde moro, belo território
Do abençoado escritório
Observo cena que contagia
Dando espaço para a poesia.
De lá, observando-me do ninho,
Um pequenininho passarinho.
Eu aqui, ele ali também sozinho
Meu mais novo vizinho.
Com o vento, a árvore o balançando,
Eu, pela poesia, vou contando.
E os dois vizinhos escultando
O louvor que estão cantando.
Nesse ambiente predatório,
Cada vizinho em seu criatório:
Eu escrevendo poema que me anestesia...
Ele cuidando dos filhotes que verá um dia...