O Escravo da bebida
*Elias Alves Aranha
Fica barulhento o escravo da bebida,
Caçoador das outras pessoas.
Nunca será uma pessoa sabida,
Gasta seu tempo e o seu salário voa.
O ébrio fica preguiçoso,
Não terá nada para colher.
Não prepara a terra no tempo ocioso,
E fica sem nada para comer.
Seu pensamento é como água em poço fundo,
Ele não difere o que está errado do que está certo.
Não usa a inteligência e não conhece o mundo,
Não sabe conviver com quem está por perto.
Ele gasta o seu tempo dormindo,
Acaba pobre sem trabalho e sem comida.
Ninguém perde o tempo te ouvindo,
Fica sem conselhos e sem sucesso na vida.
Fala sem conhecimento,
Torna-se um objeto sem valor.
Sem bens como garantia de pagamento.
Ninguém aceita ser o seu fiador.
Entra na batalha sem fazer planos,
Torna-se mexeriqueiro espalhando segredos.
O falar demais te causa danos,
O sabor de seu viver se torna azedo.
Fica tolo e promove briga,
Ruge como um leão e faz desafios.
Arrisca a vida, provoca a Lei e faz intriga.
Só quem fica fora merece elogios.