O Escravo da bebida

*Elias Alves Aranha

Fica barulhento o escravo da bebida,

Caçoador das outras pessoas.

Nunca será uma pessoa sabida,

Gasta seu tempo e o seu salário voa.

O ébrio fica preguiçoso,

Não terá nada para colher.

Não prepara a terra no tempo ocioso,

E fica sem nada para comer.

Seu pensamento é como água em poço fundo,

Ele não difere o que está errado do que está certo.

Não usa a inteligência e não conhece o mundo,

Não sabe conviver com quem está por perto.

Ele gasta o seu tempo dormindo,

Acaba pobre sem trabalho e sem comida.

Ninguém perde o tempo te ouvindo,

Fica sem conselhos e sem sucesso na vida.

Fala sem conhecimento,

Torna-se um objeto sem valor.

Sem bens como garantia de pagamento.

Ninguém aceita ser o seu fiador.

Entra na batalha sem fazer planos,

Torna-se mexeriqueiro espalhando segredos.

O falar demais te causa danos,

O sabor de seu viver se torna azedo.

Fica tolo e promove briga,

Ruge como um leão e faz desafios.

Arrisca a vida, provoca a Lei e faz intriga.

Só quem fica fora merece elogios.

Elias Aranha
Enviado por Elias Aranha em 15/02/2017
Código do texto: T5913511
Classificação de conteúdo: seguro