TOMARA
O vento assopra o vento roda
levando areias, nas praias, modas
arriba as saias, mas não incomoda
descobre o mundo, da verde rosa.
Tomara que caia aquela vontade
que nos leva ao sonho, inidôneo
matando a brava, eterna saudade
escondendo, o mundo medonho.
Tomara que saia o fio do dente
essa gente quente roda a baia
e sai pela praia toda saliente
indiferente, nunca se atrapalha.
Espuma na areia, olhar de sereia
olhar sem colher de chá, avassala
são peia das cheias que encandeia
menina sereia rebola que estrala.
Antonio Montes