MUSA
Era uma musa encantada,
Distante, como convinha...
Dela não sabia nada,
Nem poderia dizê-la só minha.
A musa me visitava
À noite, enquanto eu dormia...
À noite, enquanto eu sonhava,
Partindo ao raiar do dia.
E fui à musa me apegando,
Cantando-a em versos e mil poesias.
O tempo célere foi passando,
Povoado de fantasias.
Ah! Esta musa confusa
Faz-me sempre companhia...
Penso que às vezes abusa,
Mas parece tão linda e macia...
Ela habita em mim... no meu imaginário,
E monopoliza meus pensamentos..
Transformou meu viver solitário
Num cantinho do firmamento.