O TEMPO DO RELÓGIO
Essas horas vão pulando
sem ninguém às ver
E sem perceber
O meu tempo passou,
passou e passou.
E esse tempo tarde percebido
Não era nada sem matéria
Consciência e físico,
Então esse tempo
ia batendo um "tic"
e um "tac"
num relógio esquecido.
Era um tempo desatento
Deslumbrando o eterno,
Era um tempo sem tempo
Correndo e correndo no deserto.
Era um relógio esquisito,
Um barulho fugido,
Era um tempo perdido
E um relógio no deserto;
Era um refúgio
Nas palavras do poeta certo.
In "POESIA" (Palavra é arte), 2016.
Sivaldo Souza"